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Política Justiça da Itália decide que a deputada federal licenciada Carla Zambelli deve aguardar em prisão de Roma o seu processo de extradição

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Zambelli foi condenada a dez anos de prisão, acusada de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. (Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

A Justiça da Itália decidiu que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) deverá aguardar o processo de extradição na prisão Rebibbia, em Roma. A Quarta Seção do tribunal romano confirmou a prisão de Zambelli durante a audiência de custódia a que ele foi submetida.

A Corte deverá analisar o pedido de liberdade da deputada licenciada em meados de agosto. Ela foi presa na última terça-feira (29), após permanecer escondida em um apartamento em Roma, foragida da Justiça brasileira.

Zambelli foi condenada a dez anos de prisão, acusada de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. Ela nega.

Na quinta (31), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Advocacia Geral da União tome as “providências cabíveis e necessárias” para extraditar a deputada federal.

“Considerando a comunicação da prisão da ré condenada Carla Zambelli Salgado de Oliveira na República Italiana, oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré”, escreveu Moraes em despacho.

Com a confirmação da prisão, o Brasil deverá formalizar o pedido de extradição da parlamentar em até 45 dias. Depois, caberá à Justiça italiana verificar se há equivalência entre os crimes pelos quais ele foi condenada na Itália e decidir pela extradição.

Em vídeo publicado por seu advogado depois de ser detida, a parlamentar disse que se entregou para colaborar com a Justiça italiana e chamou Moraes de ditador. O despacho do ministro do STF foi proferido no dia seguinte ao governo dos Estados Unidos incluí-lo na lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky.

Advogado da deputada Carla Zambelli, Fábio Pagnozzi se manifestou após Márcio França, ministro de Lula, afirmar que ela selará acordo de delação premiada no STF.

De acordo com Pagnozzi, que representa a parlamentar na Suprema Corte, a possibilidade de sua cliente delatar aliados para reduzir pena não existe. Ele criticou a fala do ministro do Empreendedorismo.

“Fico até abismado. Chega a ser patético. Como um ministro de Estado tenta falar pela defesa da Carla Zambelli? Se a Carla tivesse algo a falar, ela já teria falado há muito tempo. Acho totalmente descabido um ministro do governo falar uma coisa dessas”, disse Pagnozzi em entrevista.

A delação premiada é um instrumento jurídico que permite a um investigado ou réu colaborar com as autoridades, fornecendo informações relevantes sobre crimes, em troca de benefícios como redução de pena, progressão de regime ou perdão judicial. No entanto, para ser válida, a colaboração deve ser voluntária e eficaz. (Com informações do Estado de S.Paulo e portal Metrópoles)

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