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Música A Justiça exclui Maria do Céu do testamento de João Gilberto

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João Gilberto morreu, aos 88 anos, no início deste mês, na sua casa no Rio. (Foto: Divulgação)

Uma decisão judicial excluiu Maria do Céu, que se considerava companheira de João Gilberto, do testamento do cantor. O testamento de João Gilberto foi assinado em 2003. Nele, dizia que não possuía companheira. No ano seguinte, sua filha Luisa nasceu.

Agora, a juíza Gracia Cristina Moreira, da 1ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio de Janeiro, considerou que, com o nascimento de mais uma herdeira, o testamento foi rompido. Assim, as heranças ficariam só para os herdeiros necessários – os filhos.

“Não haveria como presumir que o testador disporia da mesma maneira se possuísse três filhos e não dois, como era a situação fática na época da lavratura do testamento”, escreveu a juíza. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Trajetória de João Gilberto

João Gilberto nasceu em Juazeiro, na Bahia, em 10 de junho de 1931. Depois de alguns anos morando em Aracaju (SE), onde passou a tocar na banda escolar, voltou à sua cidade-natal e, aos 14 anos, ganhou o primeiro violão do pai.

João Gilberto Prado Pereira de Oliveira concluiu em 1961 a trilogia de álbuns fundamentais que apresentaram a bossa nova ao mundo: “Chega de saudade” (1959), “O amor, o sorriso e a flor” (1960) e “João Gilberto” de 1961. O álbum que marcou o início do gênero em 1959, “Chega de saudade”, traz a música de mesmo nome composta por Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980).

A canção havia sido apresentada em um LP em abril de 1958 por Elizeth Cardoso (1920-1990), mas a versão mais conhecida, com a voz de João, foi lançada em agosto do mesmo ano. Depois da consagração, lançou criações próprias e seguiu com shows e discos que se tornaram obras de arte, como é o caso de “Amoroso”, álbum gravado nos Estados Unidos entre 1976 e 1977 sob o selo Warner Music.

O álbum foi relançado no Brasil em formato longo durante os festejos dos 60 anos da Bossa Nova. O álbum celebra o encontro harmonioso do artista brasileiro com o maestro alemão Claus Ogerman (1930 – 2016).

Imprensa internacional

A imprensa internacional lamentou a morte do “último gênio da bossa nova”, criador de “um gênero que nos acompanha há seis décadas e não para de se renovar” ao informar a morte de João Gilberto, no início do mês, aos 88 anos. Entre os elogios, o cantor e compositor foi lembrado como “pioneiro” e “inventor dos acordes revolucionários que transformaram a bossa nova num ritmo único e admirado em todo o mundo”.

Le Monde

O jornal francês destaca que o compositor brasileiro inventou a bossa nova, “um gênero que nos acompanha há seis décadas e não para de se renovar…escorregando por todos os tipos de música, do elevador às festas rave”.

Corriere Della Sera

Chamado de “o último gênio da bossa nova” pelo jornal italiano, João Gilberto é apontado como “responsável por uma revolução na maneira de cantar e tocar violão que mudou tudo na música brasileira”.

El País

O principal jornal espanhol lamentou que o músico, “que iluminou o estilo musical que o Brasil mais tarde exportou para o mundo, está longe dos holofotes há anos, corroído por dívidas e problemas familiares”.

Clarín

Na Argentina, o jornal mais popular do país diz que “Gilberto é um dos músicos fundamentais do Brasil durante o século 20. Junto com outros nomes como Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, Gilberto lançou as bases da bossa nova para depois se tornar uma de suas maiores referências”.

NY Times

O jornal dos EUA usou um texto da agência Reuters, com a informação de que a morte foi divulgada pela família do músico e lembrando que seu primeiro grande sucesso foi em 1959, com o lançamento do álbum “Chega de Saudade”, que marcou o início da bossa nova.

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https://www.osul.com.br/a-justica-exclui-maria-do-ceu-de-testamento-de-joao-gilberto/ A Justiça exclui Maria do Céu do testamento de João Gilberto 2019-07-27
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