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Celebridades A morte de Cauby Peixoto

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Artista estava internado com pneumonia. (Crédito: Reprodução)

A definição vem do escritor Rodrigo Faour, biógrafo do cantor Cauby Peixoto, que morreu nesse domingo em São Paulo, aos 85 anos, vítima de uma pneumonia. “Cauby tinha a ambiguidade como marca. Era uma mistura de brasileiro e internacional, de brega e chique, de feminino e masculino”, diz ele. Com seu vozeirão e estilo extravagante, entoou baião, samba, bolero, rock, fado, tarantela, blues, balada, bossa nova, tango, músicas carnavalescas. Soube, como ninguém, se renovar a cada etapa da carreira, tornando-se um artista cultuado tanto pelo povão como pelo alto escalão da MPB, em uma lista de admiradores que inclui Caetano Veloso e Chico Buarque.

Cauby estava internado há uma semana no hospital Sancta Maggiore, na capital paulista. O velório foi realizado na segunda-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo e o corpo enterrado no cemitério de Congonhas, às 16h05min.

Em setembro do ano passado, o cantor teve uma apresentação cancelada no Teatro Rival, no Rio, por estar gripado. Em março de 2015, ele passou um período internado, mas sua empresária, Nancy Lara, garantiu que ele estava apenas fazendo exames de rotina.

Em entrevista, em 2001, Cauby se definia como “o resultado fantástico da carreira sólida conciliada com a fama”. A frase – também por sua formulação – sintetizava com enorme clareza a história do cantor, e o que ele representava. Estão, ali, a vaidade que não se confundia com antipatia, a certeza nítida de sua condição de estrela, a afirmação de um talento indubitável e o conhecimento profundo dos mecanismos do show business. Poucos na música brasileira souberam como Cauby – e nenhum antes dele – ocupar o lugar de ídolo popular.

Caminhada musical.

Sua caminhada musical começou em Niterói (RJ), onde nasceu no dia 10 de fevereiro de 1931, em uma família de instrumentistas. Seu pai era o violonista Cadete, seu tio era Romualdo Peixoto, famoso como o pianista Nonô. Mais tarde, seu primo (o cantor Ciro Monteiro) e seus irmãos (o pianista Moacyr Peixoto, o trompetista Arakén Peixoto e a cantora Andyara) também construíram carreira na área.

No colégio de padres salesianos, Cauby cantou no coro da igreja. Mas apenas na virada da década dos anos 1940 para os 1950 ele começaria a tentar a sorte como calouro em programas de rádio e a cantar como crooner em boates do Rio. Em 1951, gravou pela primeira vez – o disco tinha as canções “Saia Branca” (samba) e “Ai, que Carestia!” (marcha). No ano seguinte, foi para São Paulo, onde conheceu o empresário Edson Di Veras, que impulsionaria sua carreira.

“No palco, notei que ele estava muito mal, bem fraquinho.”

Amiga inseparável de Cauby há 67 anos, a cantora Ângela Maria chegou sob aplausos no velório. “Eu não esperava que ele fosse tão cedo, queria que ele ficasse muito mais tempo. Perdi não só um amigo, mas um irmão”, lamentou. “Cauby era mais alegre no palco do que fora. Fora, ele falava pouco. Era uma pessoa que não abria a boca para falar mal de ninguém. Ele achava todo mundo maravilhoso.”

Segundo ela, Cauby já demonstrava não estar bem no último show que fizeram juntos, no último dia 3, no Theatro Municipal do Rio. “Perguntei se ele estava bem, ele disse que sim, mas não estava. No palco, notei que ele estava muito mal, bem fraquinho.” (AG)

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https://www.osul.com.br/a-morte-de-cauby-peixoto/ A morte de Cauby Peixoto 2016-05-16
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