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Ciência A Nasa planeja enviar uma espaçonave para se chocar contra um asteroide

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O objetivo é realizar um teste para avaliar se o método é realmente eficaz caso seja necessário desviar um objeto espacial da rota de colisão com a Terra. (Foto: ESA)

A Nasa, a agência espacial americana, junto da empresa privada de sistemas aeroespaciais SpaceX, quer lançar uma espaçonave em direção a um asteroide como parte da missão DART (Double Asteroid Redirection Test), que busca defender a Terra de qualquer possível objeto espacial que venha a se chocar com o nosso planeta.

A intenção é testar se uma espaçonave consegue alterar a trajetória do asteroide Didymos B. O corpo celeste não é realmente uma ameaça para nós, mas é ideal para o teste, pois se trata de um Objeto Próximo à Terra (da singla em inglês, NEO, Near-Earth Object).

Esse tipo de objeto espacial é monitorado pelas agências espaciais. A ESA (Agência Espacial Europeia) tem até uma Lista de Risco com os asteroides que tem alguma chance de atingir a Terra. Mas não se preocupe: as chance não são elevadas para nenhum dos casos.

Mesmo assim, os pesquisadores buscam desenvolver uma medida de precaução caso surja no futuro algum objeto realmente perigoso. O lançamento da missão tem previsão para acontecer em julho de 2021 e o choque entre a nave e Didymos B deverá ocorrer em setembro de 2022.

Os cientistas planejam que a aeronave da DART colida com o asteroide em uma uma velocidade de 23.760 quilômetros por hora. Ela deve alterar a velocidade do corpo espacial de modo bem discreto – em apenas um centímetro por segundo. Mas essa pequena mudança já conseguirá alterar a órbita do asteroide Didymos B.

Poeira de asteroides

Um estudo publicado na semana passada no periódico Science Advances especula que a poeira gerada pela destruição de um gigantesco asteroide pode ter sido a responsável por causar o resfriamento do planeta e gerar uma explosão na biodiversidade marinha, 468 milhões de anos atrás.

A equipe de pesquisadores, liderada por Birger Schmitz, professor de geologia da Universidade de Lund, na Suécia, estima que o asteroide, batizado de “Corpo L Condrita Original”, tinha 160 Km de largura e ficava na órbita de Marte.

Sua destruição causou uma chuva de poeira e micrometeoritos que chegou à nossa atmosfera e pode ter filtrado a luz do sol, reduzindo sua intensidade. Isso reduziu a temperatura global, que por sua vez estimulou a formação de gelo nos pólos, reduzindo o nível do mar.

Como esta mudança foi gradual (ao contrário do impacto de Chicxulub, que causou a extinção dos dinossauros) a vida na terra teve tempo de se adaptar a novos nichos ecológicos, causando o GEBO (Grande Evento de Biodiversificação do Ordovinciano), quando o número de famílias de invertebrados marinhos triplicou.

A destruição do Corpo L Condrita Original está registrada em fósseis do período, ricos em micrometeoritos que apontam para uma origem comum. Segundo os pesquisadores, o evento causou um aumento de mais de 1.000 vezes na quantidade de poeira espacial chegando à Terra, que teria durado pelo menos 2 milhões de anos.

Outro fator que pode ter contribuído para a GEBO teria sido a grande quantidade de ferro trazida à nossa atmosfera pela poeira e micrometeoritos, que teria agido como um “fertilizante” para a vida marinha.

O estudo especula que poderíamos criar um efeito parecido e reverter a tendência atual de aquecimento global ancorando um asteroide no Ponto de Lagrange L1, uma região do espaço a mais de 1,6 milhões de KM da Terra onde ele ficaria “estático” em relação à Terra e ao Sol. A poeira vinda deste asteroide atingiria nosso planeta, causando um efeito de “resfriamento” na atmosfera.

No momento, claro, não temos tecnologia para isso. Mas considerando que asteroides já foram implicados em vários eventos catastróficos, é interessante considerar o papel que eles tiveram ao estimular, e podem ter ao ajudar a preservar, a vida na Terra.

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https://www.osul.com.br/a-nasa-planeja-enviar-uma-espaconave-para-se-chocar-contra-um-asteroide/ A Nasa planeja enviar uma espaçonave para se chocar contra um asteroide 2019-09-22
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