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Saúde A obesidade cresceu 72% no Brasil em 14 anos

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Obesidade entre os jovens preocupa a OMS. (Foto: Flickr/Tony Alter/CC)

Um dos fatores de risco para o novo coronavírus a obesidade atingiu maior índice na população adulta do país em 14 anos. De acordo com dados da pesquisa Vigitel 2019, que tem como foco doenças crônicas, 20,3% dos adultos têm a doença. Entre 2006, quando começou a série histórica, e 2019 o aumento na prevalência de obesidade nessa faixa etária no país foi de 72%.

O estrato mais afetado é a população entre 45 e 54 anos na qual 24,5% das pessoas são obesas. A doença atinge com mais força a população com baixa escolaridade.

— É um dado preocupante, o Ministério da Saúde tem trabalhado para conteção dessa prevalência. Temos os guias alimentares, além de vários instrutivos nessa linha — afirmou Luciana Sardinha, Coordenadora-Geral de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis do órgão.

Em relação a diabetes, que também é fator de risco para covid-19, 7,4% da população adulta do país é diagnosticada com a doença. Houve um aumento de 35% em relação ao registro identificado pela pesquisa em 2006.

A faixa etária mais afetada é acima de 65 anos, onde 23% têm a doença.

Já o percentual de pessoas com hipertensão no país ficou estável ao longo dos anos. De acordo com os dados, 24,5% dos adultos são diagnosticados com a doença no país. A taxa mais alta é registrada na faixa etária de 65 anos ou mais, onde 59,3% das pessoas são hipertensas.

Fator de risco

Para uma pessoa ser considerada obesa, o critério mais utilizado é o índice de massa corpórea (IMC). O professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Josemar de Almeida explica o cálculo: divide-se a massa (em quilogramas) do indivíduo pelo valor da altura (em metros) ao quadrado. Caso o resultado seja maior ou igual a 30 Kg/m2, considera-se o indivíduo obeso.

No entanto, outro critério utilizado é a medida da circunferência abdominal. De acordo com Josemar, se ultrapassar 88 cm, no caso das mulheres, e 102 cm nos homens, a pessoa pode ser considerada obesa, mesmo que o IMC seja menor que 30 Kg/m2. E quais as causas da doença?

O professor também explica o porquê de o acúmulo de gordura ser um possível fator de agravamento de doenças. No caso do novo coronavírus, ele lembra que o risco aumentado pela obesidade não é para ser infectado, mas de ter complicações se isso acontecer, podendo precisar de internação, inclusive em CTI, e precisar de respiração ou ventilação mecânica:

Obesidade e quarentena

“Com a família toda em casa e a falta de lazer, acabam recorrendo ao excesso de comida como uma compensação. É realmente difícil manter o peso, mas é importante a disciplina”, reconhece o especialista. Uma medida para evitar isso é não ter essas opções de “comfort food” em casa, facilitando as “tentações”.

“A ideia é que o indivíduo mantenha uma rotina, com alimentação mais saudável, menos calórica, principalmente os que sabem que tem o risco. É muito importante também tentar driblar essa dificuldade com atividades físicas preferencialmente aeróbica”

Há o lado em que pessoas comem mais do que precisam e há aqueles em que se preocupam tanto em não engordar ou perder os quilos indesejados que recorrem às dietas rigorosas, de emagrecimento rápido. Segundo o professor, os dois têm risco, já que a perda de peso, por si só, não condiciona a melhora na saúde do indivíduo.

Dieta balanceada, seguindo uma rotina de alimentação adequada, disciplina e mastigação correta é o ideal para quem tem o objetivo de emagrecer e ter saúde, de acordo com Josemar, que alerta sobre os anúncios de medicamentos e alimentos milagrosos:  “O ideal em uma dieta é não passar fome, pois ela é nossa inimiga. A fome desperta um instinto primário, o que provoca um exagero no consumo alimentar dessas pessoas”

Durante a pandemia, deve-se sair de casa apenas para o essencial, como ir a farmácias e supermercados (desde que usando máscara). Isso significa que as compras também tiveram impacto e é necessário planejar melhor o que colocar no carrinho.

 

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https://www.osul.com.br/a-obesidade-cresceu-72-no-brasil-em-14-anos/ A obesidade cresceu 72% no Brasil em 14 anos 2020-05-30
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