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Mundo A ONU diz que a crise na Bolívia pode sair do controle após a ocorrência de mortes de manifestantes

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Crise se tornou mais violenta após a renúncia de Evo Morales à presidência e que soma 23 mortos em quase um mês. (Foto: Divulgação)

A Organização das Nações Unidas alertou neste sábado (16) que a violência na Bolívia pode “sair do controle”, após uma noite de conflitos entre forças de segurança e produtores de coca leais ao ex-presidente Evo Morales que deixaram pelo menos oito mortos.

Morales renunciou sob pressão da polícia e das Forças Armadas da Bolívia no domingo passado, depois que relatório da Organização dos Estados Americanos apontou fraude eleitoral na vitória do então presidente na votação de 20 de outubro. Ele então se asilou no México.

O esquerdista e carismático ex-produtor de coca chamou a sua deposição de “golpe” e criticou as crescentes acusações de repressão dura pelas forças de segurança sob a Presidência interina da ex-parlamentar conservadora Jeanine Añez.

“Os líderes do golpe massacram povos indígenas e humildes porque eles pediram por democracia”, disse Morales no Twitter na sexta-feira, após relatos de mortes crescentes.

Añez culpou Morales por alimentar a violência do exterior e disse que seu governo deseja realizar eleições e se reunir com a oposição.

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, alertou que o aumento da violência pode usurpar o processo democrático.

“Estou preocupada que a situação na Bolívia possa sair de controle se as autoridades não lidarem com isso… com total respeito pelos direitos humanos”, disse Bachelet em comunicado.

“Ações repressivas das autoridades… provavelmente colocarão em risco qualquer via possível para o diálogo”, acrescentou.

Crítica internacional

As imagens que chegam de La Paz e Cochabamba, entre outras cidades bolivianas, dão conta que o país vive dias de repressão, violência e luto.

A grave crise boliviana, que está próxima de completar quatro semanas e que soma ao menos 23 mortes, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), e cenas de forte repressão registradas nos últimos dias causaram preocupação de entidades internacionais.

Uma delas é a Organização dos Estados Americanos (OEA), que condenou o “uso desproporcional da força militar e policial”. “As armas de fogo devem ser eliminada dos dispositivos utilizados para o controle dos protestos sociais.”

Segundo a CIDH, os enfrentamentos na cidade de Sacaba, na província de Chapare, deixou ao menos nove mortos e mais de uma centena de feridos neste final de semana. O local, onde produtores de folha de coca protestam contra a saída de Evo Morales da presidência, foi epicentro dos maiores conflitos.

A CIDH declarou, também, que “o uso indiscriminado de gás lacrimogêneo pelas forças policiais e militares na Bolívia atentam gravemente contra as normas jurídicas internacionais”.

“O Estado tem o dever de respeitar o direito humano de protestar pacificamente”, indicou a entidade.

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