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Geral A Organização das Nações Unidas condena o racismo estrutural no Brasil e pede investigação independente sobre o assassinato de João Alberto em supermercado de Porto Alegre

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A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, disse também que deve ser apurado se o crime foi motivado por preconceito racial. (Foto: Valter Campanato/Abr)

A alta comissária da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, pediu às autoridades brasileiras para investigar o caso de João Alberto Silveira Freitas de forma “rápida, completa, independente, imparcial e transparente”. Em comunicado, Bachelet disse também que deve ser apurado se o crime foi motivado por preconceito racial.

João Alberto Silveira Freitas foi morto por asfixia, segundo laudo pericial preliminar, após ser espancado por dois seguranças em uma unidade do supermercado Carrefour, localizada no bairro Passo D’Areia, na Zona Norte de Porto Alegre.

A porta-voz da alta comissária, Ravina Shamdasani, afirmou que o assassinato “é um exemplo extremo, mas infelizmente muito comum, da violência sofrida pelos negros no Brasil.”

Shamdasani contou que o crime mostra nitidamente a persistente discriminação estrutural e o racismo que os descendentes de africanos enfrentam. Segundo ela, “esse ato deplorável, que aconteceu tragicamente na véspera do Dia da Consciência Negra no Brasil, deve ser condenado por todos.”

O Escritório da ONU afirma que os funcionários do governo têm “a responsabilidade de reconhecer o problema subjacente do racismo persistente no país, pois este é o primeiro passo essencial para resolvê-lo.”

A porta-voz disse que “o racismo, a discriminação e a violência estruturais que os afrodescendentes enfrentam no Brasil são documentados por dados oficiais, que indicam que o número de vítimas afro-brasileiras de homicídio é desproporcionalmente maior do que outros grupos.” Os dados também mostram que os afro-brasileiros, incluindo as mulheres, são a maioria na população prisional do país.

Justiça

Shamdasani disse que o inquérito penal deve assegurar a justiça e a verdade, bem como a reparação para a família da vítima.

O Escritório também pede às autoridades que investiguem quaisquer alegações de uso desnecessário e desproporcional da força contra pessoas que protestam pacificamente e responsabilizem os autores dos excessos.

A porta-voz ressaltou “a necessidade urgente das autoridades brasileiras de combater o racismo e a discriminação racial em estreita coordenação com todos os grupos da sociedade, especialmente os mais afetados.”

Shamdasani disse que “os negros brasileiros sofrem de racismo, exclusão, marginalização e violência estrutural e institucional com consequências letais em muitos casos.”

Além disso, “os afro-brasileiros são excluídos e quase invisíveis das estruturas e instituições de tomada de decisão.” As informações são da agência de notícias da ONU.

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