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Saúde A Organização Mundial da Saúde pede que o Brasil leve a pandemia a sério: “O quadro é muito, muito preocupante”

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O líder da OMS exortou os brasileiros a seguirem as diretrizes públicas de distanciamento social. (Foto: Reprodução/Twitter)

Depois de dizer na semana passada que o “Brasil vive uma tragédia”, diretores da Organização Mundial de Saúde (OMS) cobraram nessa sexta-feira (5) medidas agressivas e disseram que o aumento dos casos de covid-19 no País pode impactar toda a América Latina.

“A situação é muito séria, muito preocupante. As medidas de saúde pública que o Brasil deveria adotar deveriam ser agressivas – enquanto, ao mesmo tempo, distribui vacinas”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

“(…) Se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil”, acrescentou.

Os diretores se posicionaram depois de serem questionados sobre o aumento de internações entre jovens.

Tedros resumiu a gravidade da situação dizendo que o Brasil precisa levar o aumento de casos “muito, muito a sério”.

“A situação no Brasil é muito, muito preocupante. Quando vimos muitas tendências de queda, em muitos países, nas últimas seis semanas, a situação no Brasil ou tinha aumentado ou atingido um platô – mas, é claro, com uma tendência maior de aumento. Eu acho que o Brasil tem que levar isso muito, muito a sério”, disse.

“Sem fazer coisas para impactar a transmissão ou suprimir o vírus, não acho que vamos conseguir ter, no Brasil, a tendência de queda”, alertou o diretor-geral.

Não é hora de relaxar

Na mesma sessão da OMS dessa sexta, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, alertou que não é hora de relaxar.

“Houve um aumento nacional no Brasil [em número de casos], e isso é de norte a sul. As medidas de saúde pública, sociais e comportamentais param todas essas cepas e variantes. Agora não é a hora de o Brasil ou qualquer outro país, aliás, relaxar”, disse Ryan.

Ryan continuou o alerta dizendo que a chegada de vacinas é um momento de “grande esperança”, mas que também pode fazer com que as pessoas percam o foco no combate à pandemia.

“Se eu acho que vou receber a vacina nas próximas semanas, talvez eu não seja mais cuidadoso. Talvez eu ache que já superei. Você não precisa que muitas pessoas comecem a pensar isso para dar uma chance ao vírus de se espalhar. Nós vimos isso na Europa até o Natal”, lembrou.

“Mudanças pequenas num grande número de pessoas podem levar a uma grande mudança na epidemiologia deste vírus. Acho que já aprendemos isso a esta altura”, disse.

Variante P.1

Michael Ryan também afirmou que a OMS está preocupada com a variante P.1 – identificada pela primeira vez em Manaus (AM) mas que já se espalhou para vários Estados brasileiros e ao menos outros 24 países.

“Estamos muito preocupados com a P.1. Ela carrega muitas mutações específicas que dão vantagens ao vírus, principalmente na transmissão. Não há dúvidas de que uma proporção desses casos que estão ocorrendo agora são reinfecções, potencialmente devido à perda de imunidade, potencialmente devido ao fato de que novas variantes estão evadindo o potencial imunológico da imunidade natural – o que, por si só, significa que precisamos ser muito cuidadosos com vacinas, para ter certeza de que as vacinas funcionam contra essas cepas”, alertou.

O diretor lembrou da necessidade das medidas de prevenção.

“As coisas que te protegem da cepa original ainda protegem você e sua comunidade da cepa P.1. ou qualquer outra”, frisou Ryan. “Infelizmente ou felizmente, ainda está em nossas mãos. Nosso risco ainda está em nossas mãos”.

Tedros destacou, ainda, que a preocupação da entidade não é só com o Brasil.

“Os vizinhos do Brasil são quase a América Latina inteira. Muitos países. O que significa que, se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil. É sobre toda a América Latina e até além. A aplicação de medidas de saúde públicas sérias é muito, muito importante”, declarou.

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