Sábado, 19 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2020
A ventilação dos lugares onde vivemos e trabalhamos deve se manter frequente nestes tempos de pandemia da covid-19 e os melhores métodos para isso permanecem sendo os naturais, começando com uma simples abertura das janelas, reforçou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa terça-feira (22).
Em live por meio das redes sociais, a diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, a espanhola María Neira, destacou que a entidade “continua a recomendar a ventilação natural como o método mais eficaz para renovar o ar nos espaços. Na atual pandemia, ainda é necessário “criar um ambiente mais saudável”, e não só em relação ao novo coronavírus, mas também a outras infecções, frisou a María.
No caso de quartos onde as janelas não podem ser abertas (por exemplo, em muitos hotéis), a OMS admite outras possibilidades e recomenda, preferencialmente, o uso de ventiladores mecânicos, em vez de ar-condicionado.
Sobre estes aparelhos e outros mecanismos de circulação de ar, o especialista da OMS Luca Fontana acrescentou que o uso em locais frequentados por membros da mesma família não acarreta problemas, mas podem favorecer a circulação de patógenos se uma pessoa infectada os visitar.
Os dois entrevistados garantiram que a ventilação desempenha um papel fundamental para tornar os ambientes mais seguros neste momento, mas não funciona por conta própria e deve ser acompanhada de outras medidas, como distanciamento físico, uso de máscara e higienização frequente das mãos.
Depois da atual pandemia, concluiu María Neira, “temos de restabelecer a nossa relação com a natureza e travar uma destruição do ambiente que contribui para o aumento do risco de doenças que agora sofremos”.
Distribuição da vacina
A OMS anunciou nesta semana que uma soma de países, equivalentes a aproximadamente 66% da população mundial, juntou-se ao seu plano de imunização contra a covid-19. A proposta acontecerá inicialmente em 2 etapas e tem objetivo de minimizar os efeitos agudos da pandemia até o final de 2021.
A 1ª etapa do processo de imunização envolve a distribuição da vacina para todos os países participantes do plano, que é o suficiente para imunizar 3% de suas populações — com foco nos profissionais da Saúde e em risco de exposição ao contágio do vírus. Em seguida, a vacina será distribuída para outros grupos em maior risco, como o de pessoas com comorbidades e os idosos, que representam 20% da população.
Na segunda etapa, espera-se distribuir a vacina para o restante da população, baseando-se nos critérios de necessidade e de urgência estabelecidos pela OMS. Os fatores considerados para todos os países são: a velocidade da reprodução do novo coronavírus e de outros patógenos (como a dengue e a malária) ao mesmo tempo e o quão vulnerável é o sistema de saúde local, baseado nos dados de leitos preparados e de UTI disponíveis. Os países em maior necessidade deverão receber a imunização primeiro.