Quarta-feira, 21 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2021
O CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que as pessoas “provavelmente” precisarão de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 dentro de 12 meses após terem sido vacinadas. Bourla notou também que é possível que as pessoas precisem ser vacinadas contra o vírus anualmente.
“É extremamente importante suprimir o grupo de pessoas que podem ser suscetíveis ao vírus”, disse Bourla à rede CNBC, ao acrescentar que as vacinas serão uma ferramenta importante na luta contra as variantes altamente contagiosas.
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No início de abril, a Pfizer disse que dados atualizados de seus testes clínicos mostraram que sua vacina é altamente eficaz seis meses após a segunda dose. Ainda são necessários mais dados para determinar se a proteção contra o vírus é duradoura depois de seis meses.
Em fevereiro, a Pfizer e a BioNTech disseram que estavam testando uma terceira dose da vacina contra a covid-19 que desenvolveram em conjunto para entender melhor a resposta imunológica contra novas variantes do coronavírus.
Apenas capitais
O primeiro lote de vacinas contra a covid-19 da Pfizer, com previsão de chegada no final de abril, será entregue apenas às capitais, segundo o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
As doses da Pfizer precisam ser mantidas em freezes ultracongelantes a uma temperatura de -70º C e, segundo o órgão, poucas cidades têm estrutura para armazenar os imunizantes.
A previsão do Ministério da Saúde é que uma remessa com cerca de 1 milhão doses chegue ao País nos últimos dias de abril.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o secretário executivo do Conasems, Mauro Junqueira, como o imunizante demanda cuidados especiais, ainda não há uma definição se todas as capitais receberão a vacina.
“Está sendo discutido. Vai ser por adesão daquelas que têm condições de manter estas vacinas, sem risco de perda”, afirmou Junqueira.
De acordo com o Conasems, as cidades que ficarem sem o imunizante da Pfizer receberão, em iguais proporções, doses das outras fabricantes.
“Ninguém vai ficar com mais doses do que o outro”, afirmou o secretário executivo do conselho.
Os imunizantes da CoronaVac e da AstraZeneca/Oxford, que têm sido usados na campanha de vacinação no Brasil desde janeiro, precisam ser mantidas a temperaturas entre 2ºC e 8ºC.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) confirmou que a distribuição dos imunizantes da Pfizer vai acontecer nas capitais e informou que há a possibilidade de que freezers sejam distribuídos aos Estados para armazenamento das doses.