Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2020
Novos detalhes da trama envolvendo a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) e os filhos para matar o pastor Anderson do Carmo foram revelados pelo telejornal RJ2, transmitido pela TV Globo. Para a polícia, um código usado por Flordelis deu início ao plano de assassinato.
A polícia acredita que a própria deputada federal deu o sinal para que o plano de matar o pastor Anderson do Carmo entrasse em ação. Às 3h03min do dia 16 de junho de 2019, um domingo, ela mandou uma mensagem para a filha adotiva Marzy Teixeira da Silva, que foi presa na segunda-feira (24). A deputada escreveu: Oito e quinze me chama.
A polícia afirma ter evidência pelo celular que Marzy estava acordada e partir daí teria acionado Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis, e que é apontado como autor dos disparos que mataram o pastor. Ele foi preso no velório do padrasto. Os investigadores acreditam que era um código. Anderson morreu meia hora depois.
Pesquisas da filha na internet
A polícia tem outras provas de participação de Marzy na trama: ela tinha ganhado da mãe a missão de contratar alguém para matar o pastor.
Chegou a pesquisar na internet por termos que a levassem a alguém para executar o serviço: “Assassino onde achar”; “Alguém da barra pesada”; e “Barra pesada online”.
Envenenamento
Um parecer médico sobre as tentativas de envenenamento do pastor Anderson foi anexado à denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro.
O documento lembra que o pastor compareceu ao hospital “por seis ocasiões diferentes, num período de cinco meses”, com os mesmos sintomas: “náuseas, vômitos frequentes, dor abdominal e mal estar geral.”
O pastor passou por exames que não descobriram problemas gastrointestinais, como gastrite e infecções por bactéria.
Os peritos do MP concluíram “fortes indícios que as seguidas internações dele, com idênticos sinais e sintomas, configuram intoxicação exógena continuada – ou seja devido a causas externas – por via oral, praticada por terceiros – o chamado envenenamento crônico.”
Ainda segundo os peritos, “considerando as características de ordem clínica , apresentadas pela vítima, e as manifestações clínicas, eles sugerem que o agente empregado foi arsênico.”
Os peritos ressaltam que também “existiu intenção de intoxicar Anderson do Carmo em data posterior aos atendimentos médicos, com cianeto. Visto que foi evidenciada pesquisa na internet relacionada a essa substância por parte dos envolvidos.” As informações são do portal de notícias G1.