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Brasil A polícia faz uma operação que investiga o desvio de 30 milhões de reais do Banco do Brasil

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Segundo a Polícia Civil, os suspeitos são de uma empresa de recuperação de crédito em Poços de Caldas. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil prendeu dois suspeitos em Poços de Caldas (MG) durante cumprimento de mandados da megaoperação que apura desvios de mais de R$ 30 milhões do BB (Banco do Brasil). A megaoperação da Polícia Civil foi realizada na manhã desta quinta-feira (09) em oito Estados e no DF (Distrito Federal).

Em Poços de Caldas, foram presos o dono e o funcionário de uma empresa de recuperação de crédito. Segundo a Polícia Civil, eles são suspeitos de desviar verbas de negociação de dívidas de clientes do Banco do Brasil. Durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou 10 munições calibre 38 na casa do dono da empresa. Os dois foram levados para a delegacia de Poços de Caldas.

A polícia cumpriu 15 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão em Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e no DF. Foram apreendidos 23 carros de luxo. Os alvos foram ex-funcionários do Banco do Brasil e empresários de 11 empresas terceirizadas que tinham contrato com a instituição financeira para cobrar dívidas de clientes.

Desvios

As investigações são referentes a 2017 e 2018 e detalharam o esquema de desvio de quase R$ 30 milhões do Banco do Brasil. Segundo a Polícia Civil, quando o cliente do banco quitava a dívida após contato com a terceirizada, o Banco do Brasil, automaticamente, pagava uma comissão. Só que, em alguns casos, o sistema apresentava inconsistência – uma espécie de erro técnico – e o pagamento tinha que ser feito manualmente por um servidor.

Dessa forma, o banco pagava um valor a mais para a prestadora de serviços e “recebia de volta um valor de propina”, apontou a investigação. O esquema foi denunciado pelo Banco do Brasil após descobrir o rombo.

“A fraude consiste no seguinte: as empresas de cobrança, quando elas conseguem efetivar a cobrança dos créditos do banco, elas têm direto a uma comissão por isso. Porém, em alguns casos excepcionais, acontece um erro de sistema e esse pagamento é autorizado manualmente”, explicou Wenderson Telles, diretor de repressão à corrupção, da Polícia Civil do Distrito Federal.

“Os ex-funcionários do banco envolvidos na fraude usavam esse subterfúgio para efetivar um pagamento maior para as empresas de cobrança”, completou. Ainda segundo o diretor, apenas nos últimos dois anos, o pagamento chegou a R$ 26 milhões para as 11 empresas de cobrança envolvidas.

A operação foi da Cecor (Coordenação de Combate ao Crime Organizado) e envolveu 140 agentes da unidade e de outras delegacias no país. Os envolvidos vão responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

tags: polícia

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