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Brasil A Polícia Federal deve concluir o inquérito sobre o atentado a Bolsonaro até o fim da próxima semana

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Adélio Bispo de Oliveira deixa a Polícia Federal em Juiz de Fora. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Polícia Federal deve concluir até a próxima sexta-feira o primeiro inquérito sobre a tentativa de assassinato do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). Isso deve ocorrer alguns dias antes do prazo limite para o encerramento do trabalho. O relatório final deverá informar que, até o momento, não há qualquer indício de que Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada, tenha cometido o crime a mando de terceiros.

Não há qualquer indicativo também de que Adélio tenha recebido ajuda de terceiros para esfaquear Bolsonaro. A conclusão do inquérito, ainda que preliminar, deve esvaziar a tese de conspiração política, que vinha sendo alimentada por aliados do candidato do PSL. Mas, para não dar margem a dúvidas e nem se expor a eventuais críticas, a Polícia Federal vai abrir um segundo inquérito para aprofundar ainda mais as investigações.

A ideia da polícia é reanalisar relações e contatos de Adélio nos últimos dois anos para saber se, neste período, alguém o estimulou, direta ou indiretamente, a cometer o crime. Investigadores são categóricos em dizer que, até o momento, não há indícios de mandante ou participação de terceiros no crime. Mesmo assim consideram importante seguir adiante com uma nova investigação para depurar, ao máximo, todas as hipóteses levantadas no início do caso.

Nos últimos dias, a polícia concluiu os quatro laudos que ainda estavam pendentes. Um dos laudos identificou resquícios com DNA de Bolsonaro na lâmina da faca usada por Adélio. Trata-se de uma faca de cozinha usada, com uma lâmina de 20 cm de comprimento. O rastreamento da movimentação financeira revelou também que o dinheiro depositado em conta de Adélio tem como origem rescisão de contratos de trabalho e resgate de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

A polícia constatou também que Adélio nunca usou um cartão de crédito internacional emitido em nome dele. Estas informações desmentem boatos de que ele tenha recebido ajuda financeira de outras pessoas interessadas no crime. Investigadores sabem que um dos advogados de Adélio tem, entre seus clientes, presos acusados de envolvimento com uma facção criminosa que controla presídios em São Paulo. Mas entendem que não se pode tirar qualquer conclusão deste tipo de informação.

No relatório final, a PF deve manter o indiciamento de Adélio no artigo 20 da lei de segurança nacional, ou seja, ele será acusado de atentar contra a vida de um candidato a presidente. Pelo crime, pode ser punido com até 20 anos de prisão.

Adélio esfaqueou Bolsonaro na tarde de 6 de setembro, quando o candidato era carregado nos ombros de apoiadores durante uma caminhada em Juiz de Fora. Ele foi preso em flagrante e, em depoimento à Polícia Federal, confessou o crime. Mais tarde, advogados disseram que ele tem problemas psiquiátricos. Investigadores reconhecem a existência de supostos distúrbios, mas entendem que os problemas não seriam suficientes para reduzir a gravidade do crime ou a responsabilidade dele na crime.

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