Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2018
				Dois investigados foram presos em flagrante na quinta-feira (20) pela PF (Polícia Federal), em operação que mira supostas fraudes do seguro-desemprego. Segundo a PF, os suspeitos foram detidos em um escritório de contabilidade no bairro da Penha, na Zona Leste de São Paulo, por possuírem consigo mais de 1.600 documentos falsos ou em branco, como espelhos de RG e Carteiras de Trabalho. Os esquemas teriam gerado saques de 9 milhões de reais em benefícios fraudulentos.
A ação contou com o apoio do Ministério do Trabalho e da CEF (Caixa Econômica Federal). Segundo nota da Polícia Federal, as investigações começaram em Presidente Prudente (SP) quando, em outubro de 2017, “um trabalhador desempregado procurou a PF para relatar que não havia conseguido retirar seu seguro-desemprego porque alguém já o havia recebido”. Ainda de acordo com a corporação, foram criadas cerca de 300 empresas fictícias para receber mais de 9.000 seguros-desemprego fraudulentos.
Junto com os documentos falsos ou em branco, a PF apreendeu 472.000 reais em espécie e “apetrechos” para falsificação de documentos. A Polícia Federal afirma que vai voltar os trabalhos “para identificar os beneficiários dos benefícios, seu envolvimento com o grupo investigado e também a origem dos documentos apreendidos, se são verdadeiros – desviados de instituições legítimas, ou falsos”.
“Os presos foram encaminhados ao sistema prisional estadual, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal. Eles responderão pelos crimes de estelionato, organização criminosa e corrupção ativa”, conclui a PF.
Foz do Iguaçu
A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (21), o libanês Assad Ahmad Barakat, acusado de ser o operador financeiro do grupo rebelde hezbollah, que atua no Oriente Médio. A prisão foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal). Barakat foi detido em Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira.
Ele é apontado como terrorista pelo Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, acusado de financiar o Hezbollah na região de fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Ele tem cidadania paraguaia e pode ser deportado para o país vizinho.
Autoridades da Argentina informaram que Barakat comprou títulos de prêmios no valor de R$ 10 milhões em seu território, possivelmente usando documento falso. Ele chegou a ser a preso no Brasil em 2002, e ficou recluso até 2008, quando foi liberado e continuou vivendo em território nacional.
A prisão do acusado ganhou repercussão nos Estados Unidos em poucas horas. Alguns veículos da imprensa norte-americana cogitam que o governo estadunidense pode solicitar a extradição dele.
Negócios ilegais
O Hezbollah se filiou ao PCC (Primeiro Comando Capital) na fronteira brasileira com a finalidade de comercializar drogas e armas. Os Estados Unidos definem o Hezbollah como grupo terrorista, embora existam divergências sobre o assunto. Algumas nações o definem apenas como entidade política.