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Brasil A Polícia Federal prendeu um ex-governador de Mato Grosso do Sul e mais duas pessoas por suspeita de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro

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O ex-governador André Puccinelli foi detido no âmbito da Operação “Lama Asfáltica”. (Foto: Divulgação/AL-MS)

O ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli (MDB), o filho dele, André Puccinelli Júnior, e o advogado João Paulo Calves tiveram prisão preventiva decretada pela 3ª Vara Federal de Campo Grande (MS). Os três foram presos pela PF (Polícia Federal) nesta sexta-feira (20) em Campo Grande. As informações são do jornal O Globo.

A operação é um desdobramento da Operação “Lama Asfáltica”, que apura desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Outros oito réus já tinham sido presos em maio passado, em uma das fases da operação. A investigação começou em 2013 e, segundo o Ministério Público Federal, um grupo de pessoas superfaturava obras do governo do estado e fraudavam licitações, corrompendo servidores públicos. O empreiteiro João Amorim, segundo a Polícia Federal, controlava todas as obras públicas no Mato Grosso do Sul e cobrava propina para permitir que outras empresas atuassem no Estado.

De acordo com a Polícia Federal, surgiram agora novas provas de pagamentos feitos pela empresa JBS ao Instituto Ícone, que pertence de fato a André Puccinelli Júnior, que é também advogado. Calves, que aparece como o responsável pelo instituto, seria apenas um testa de ferro.

Delatores da JBS disseram que o frigorífico pagou propinas que correspondiam, em média, a 30% dos benefícios fiscais concedidos pelo Estado. Eles entregaram notas frias usadas para lavagem do dinheiro, inclusive de pagamentos ao Instituto Ícone a título de falso patrocínio a 33 congressos feitos pela entidade, no valor de R$ 1,1 milhão. Em um depoimento à PF, Calves tentou justificar o gasto da JBS com os congressos, em apoio a supostos estudantes de direito que participariam do evento, afirmando que acreditava que “todos eram carnívoros”.

As investigações mostram que o Instituto Ícone, que servia como “depositário de propina”, recebeu recursos de diversos fornecedores do governo do estado, inclusive da concessionária de serviços de água e esgoto de Campo Grande.

Puccinelli teria recebido altas quantias em dinheiro durante todo o seu mandato – de 2007 a 2015 – e também por meio de empresas de fachada indicadas por ele. Neste caso, as firmas emitiam notas frias de falsa prestação de serviços. O Instuto Ícone, do filho dele, seria uma dessas empresas e teria movimentado pelo menos R$ 7 milhões entre 2011 e 2017.

O instituto teria também realizado pagamentos de R$ 170 mil e R$ 180 mil a dois dos suspeitos que estão presos preventivamente – Jodascil Lopes e Edson Giroto.

O advogado Renê Siufi, que atende a família Puccinelli, afirmou que não há qualquer prova nova e todos os fatos usados para justificar a prisão eram velhos e tinham sido esclarecidos.

“Não tem prova nova. É tudo velho. O que me espanta é isso ser feito à véspera da convenção do partido. Ele é candidato novamente ao governo do estado e a convenção estava marcada para este sábado. Não tem nada ilegal no Instituto”, disse Siufi.

tags: polícia

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