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Por Redação O Sul | 5 de maio de 2017
A caderneta de poupança registrou em abril saída de R$ 1,270 bilhão. O desempenho foi o melhor para meses de abril desde 2013, quando houve captação de R$ 2,616 bilhões. Em abril do ano passado, a saída de recursos da poupança chegou a R$ 8,246 bilhões. A crise econômica tem levado os brasileiros a sacar recursos da poupança para honrar seus compromissos financeiros.
Com o cenário de queda de juros, a tendência é que a poupança reverta os resultados negativos mesmo num quadro de alta de desemprego. É provável que os investidores retirem dinheiro da renda fixa para aplicar na poupança. Até um certo patamar, o rendimento atual está garantido. Para não destruir a indústria de fundos, o governo criou uma regra para barrar uma forte migração em 2011.
Decidiu na época criar uma regra variável para o cálculo do rendimento. A equipe econômica decidiu que aplicações feitas a partir de maio de 2012 seriam corrigidas por uma outra fórmula quando a Selic fica abaixo de 8,5% ao ano: 70% da taxa básica de juros, mais TR (a Taxa Referencial). Atualmente, como a Selic está em 11,25% ao ano, o rendimento da poupança é feito com a regra antiga: 6% ao ano, mair TR.
Acumulado
No acumulado de 2017, a poupança registra saques líquidos de R$ 18,673 bilhões, resultado de aportes de R$ 645,848 bilhões e retiradas de R$ 664,520 bilhões. No ano passado, em meio à crise, R$ 40,702 bilhões saíram da poupança. No acumulado do ano até abril, a poupança rendeu 2,51%, enquanto o CDI – principal referência para aplicações de renda fixa – subiu 3,84% e a Bovespa teve valorização de 8,59%, conforme a consultoria Economatica. O IGPM – índice de inflação medido pela Fundação Getúlio Vargas – registrou taxa de -0,36% no ano até abril.