Sexta-feira, 17 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2018
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do BC (Banco Central), considerado uma “prévia” do resultado do PIB (Produto Interno Bruto), aponta que a economia brasileira recuou 3,34% em maio, na comparação com abril.
O indicador, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo BC, foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. Quando a comparação é feita com maio de 2017, a queda do IBC-Br em maio de 2018 fica em 1,54%.
Contribuiu para o resultado negativo a greve dos caminhoneiros, que ocorreu no fim de maio e durou 11 dias. A paralisação causou desabastecimento em todo o país e afetou fortemente a economia brasileira.
A produção industrial brasileira, por exemplo, recuou 10,9% em maio na comparação com abril, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já o setor de serviços no Brasil recuou 3,8% em maio na comparação com abril, também segundo o IBGE. Foi o resultado negativo mais intenso da série histórica, iniciada em janeiro de 2011. No mês de abril, segundo dados da série revisada, o IBC-Br registrou aumentou de 0,49% na comparação com o mês de março.
Como o IBC-Br é calculado?
O Produto Interno Bruto, calculado pelo IBGE, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia brasileira. O cálculo do IBC-Br é um pouco diferente do usado no PIB – ele incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Por isso, os resultados do IBC-Br nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
Além disso, o IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do País. O crescimento ou desaceleração da economia influenciam na inflação, que o Banco Central busca controlar por meio da taxa Selic.
Parcial do ano e 12 meses
De janeiro a maio de 2018, o IBC-Br aponta que o PIB brasileiro teve alta de 0,73%, sem ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses até maio, a prévia do PIB do Banco Central registrou crescimento de 1,13%, também sem ajuste sazonal.
eSocial
Entrou em vigor nesta segunda-feira a obrigatoriedade de adesão ao eSocial para todas as empresas. O sistema deve ser usado para registrar informações de empregados e de eventos como férias e horas extras.
Desde o dia 8 de janeiro, as empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões já estão obrigadas a utilizar o eSocial. Já os entes públicos só terão que aderir ao sistema a partir de 14 de janeiro de 2019.
De acordo com a Receita Federal, a determinação inclui as micro e pequenas empresas e as cadastradas no MEI. O governo estima que a implantação do eSocial pode aumentar a arrecadação em R$ 20 bilhões por ano só por eliminação de erros, que levam as empresas a pagarem menos do que o devido.
Antes, somente patrões de empregados domésticos estão obrigados a usar o eSocial para o registro dessas ações. Altemir Linhares de Melo, assessor especial da Receita Federal para o eSocial, prevê que o uso do sistema vai permitir mais controle sobre pagamento de tributos e aumento da arrecadação.