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Por Redação O Sul | 8 de abril de 2020
A produção industrial do País cresceu, na passagem de janeiro para fevereiro, em 11 dos 15 locais pesquisados, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os locais que mais influenciaram a alta nacional de 0,5% foram o Pará, com 7,2%, o Rio Grande do Sul, com 3,1%, e o Paraná, com 2,1%.
“O Pará foi a primeira influência e, com esse resultado de fevereiro, elimina a queda de 5,5% do mês de janeiro e é a taxa mais intensa desde agosto de 2019, quando obteve 8,4%. Os setores que influenciaram a taxa do Pará para esse tipo de comparação foram o de metalurgia, o de produtos de minerais não metálicos e o de produtos de madeira”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
Já a produção industrial do Rio Grande do Sul, que apresentou sua segunda taxa positiva consecutiva e um ganho acumulado de 7%, teve influência do setor de produtos de fumo, uma atividade característica da cultura gaúcha. “A terceira influência positiva é o Paraná, com 2,1%, obtendo a terceira taxa positiva consecutiva e tendo um ganho acumulado de 9,1%. Podemos inferir que os setores que mais influenciaram esse resultado foram o de veículos e o de alimentos”, analisou Almeida.
Também apresentaram taxas positivas Espírito Santo (5,9%), Pernambuco (4,5%), Mato Grosso (3,8%), Santa Catarina (1,4%), Minas Gerais (1,1%), Ceará (1,0%), Região Nordeste (0,4%) e Goiás (0,3%). Já os resultados negativos vieram de Bahia (-3,2%), Amazonas (-2,2%), Rio de Janeiro (-1,0%) e São Paulo (-0,4%).
“Com esse resultado, São Paulo devolve parte da expansão da indústria paulista atingida no mês anterior, que foi de 2,1%. Essa queda pode ser atribuída a uma influência negativa dos setores de derivados do petróleo e biocombustíveis e também do setor de alimentos, que pode ser considerado também um influenciador negativo”, relatou Bernardo Almeida.
São Paulo, que é o maior parque industrial do País, foi a principal influência negativa do resultado nacional quando fevereiro é comparado com o mesmo mês do ano anterior. Nessa comparação, o setor industrial mostrou queda de 0,4% e São Paulo obteve -3,1%.
“Os setores que influenciaram essa queda foram o de veículos automotores, puxado principalmente pela queda na produção de automóveis, o setor de derivados de petróleos, pressionado principalmente pela queda em óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva e também no setor de alimentos, puxada pela queda na produção de sorvetes e picolés, carnes bovinas congeladas e sucos concentrados de laranja”, acrescentou.
Ainda na comparação com fevereiro de 2019, os locais que apresentaram queda, além de São Paulo, foram Minas Gerais (-6,3%) e Espírito Santo (-4,5%), Amazonas (-3,0%) e Goiás (-1,4%). Já os resultados positivos vieram de Pernambuco (12,3%), Rio de Janeiro (9,7%), Pará (7,5%), Região Nordeste (6,4%),Paraná (3,6%), Bahia (3,3%), Mato Grosso (3,2%), Santa Catarina (2,3%), Rio Grande do Sul (2,2%) e Ceará (1,9%).