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Por Redação O Sul | 28 de julho de 2019
O mês de agosto terá bandeira tarifária vermelha “patamar 1” nas contas de luz, o que resulta em um custo adicional de 4 reais para cada 100 quilowatts-hora consumidos, devido ao tempo mais seco no mês na área das hidrelétricas, informou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A bandeira vermelha não era registrada desde outubro de 2018, mas naquele mês o patamar foi “2”, com um custo adicional ainda superior.
De acordo com a agência, a medida foi tomada pela possibilidade de aumento no acionamento das usinas termelétricas, que têm custo de geração de energia mais alto. Também pesou na decisão, a diminuição do volume de chuvas, com a chegada da estação seca.
“Agosto é um mês típico da estação seca nas principais bacias hidrográficas do SIN (Sistema Interligado Nacional). A previsão hidrológica para o mês sinaliza vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios”, explicou a Aneel, em nota.
Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica, o que influenciou o aumento do preço da energia (PLD) e dos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) em patamares condizentes com o da bandeira vermelha 1, acrescentou a agência reguladora.
O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada –pelo esquema, é sinalizado o custo real da energia gerada.
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) projetou nesta sexta-feira que carga de energia do sistema elétrico do Brasil deve avançar 2,5% em agosto, ao mesmo tempo em que as chuvas na região das hidrelétricas do Sudeste, que concentram os maiores reservatórios, devem representar 80% da média histórica no próximo mês.
De acordo com a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
No dia 21 de maio, a Aneel aprovou um reajuste no valor das bandeiras tarifárias. A bandeira amarela passou de R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos, a bandeira vermelha patamar 1 passou de R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh e no patamar 2 passou de R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh consumidos.
A bandeira verde não tem cobrança extra.
Os recursos pagos pelos consumidores vão para uma conta específica e depois são repassados às distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produção de energia em períodos de seca.