Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2020
A disseminação do novo coronavírus na Inglaterra caiu em junho e no início de julho, de acordo com um estudo do Imperial College com 150 mil voluntários.
“Quando a epidemia de SARS-CoV-2 na Inglaterra saiu da fase inicial de lockdown, a prevalência dos testes positivos continuou a diminuir”, constatou o chamado estudo de Avaliação da Transmissão Comunitária em Tempo Real.
O estudo, que será revisado antes da publicação de um relatório final, também descobriu que o risco de infecção era maior em Londres do que em outras áreas da Inglaterra. Ele descobriu que havia um maior risco de infecção entre as pessoas de etnia negra e asiática, principalmente do sul da Ásia.
Alemanha
A Alemanha registrou nesta quinta-feira (6) o maior número de novos casos diários de coronavírus (Sars-CoV-2) em três meses, com 1.045 contágios em 24 horas.
Preocupa especialistas e o governo alemão, sobretudo, que as novas infecções não sejam fruto de um surto específico – como o ocorrido num matadouro no oeste do país, em meados de junho. Mas que os casos estejam espalhados por várias regiões da Alemanha, tornando difícil conter o vírus com confinamentos pontuais.
“Temos que nos manter atentos, respeitar as regras”, afirmou o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, nesta quinta-feira. “A pandemia ainda está longe de acabar”.
O ministro demonstrou especial preocupação com as famílias que estão retornando de viagem – grande parte da Alemanha se encontra no momento em férias de verão. Isso, afirmou, pode elevar ainda mais o número de casos. Festas familiares e desrespeito ao distanciamento no ambiente de trabalho também foram apontados pelo ministro como fatores perigosos para o renascimento da epidemia na Alemanha.
O auge da pandemia na Alemanha foi no início de abril, quando o país estava registrando média de 6 mil novos casos por dia. A taxa de contágio, que vinha caindo continuamente desde então, voltou a subir em julho.
A partir do próximo sábado (8), como anunciou nesta quinta-feira Spahn, testes serão obrigatório para viajantes que tenham estado nas regiões classificadas como de risco pelo governo. A lista é atualizada continuamente pelo Instituto Robert Koch. Além de países onde a pandemia está em alta, como Brasil e EUA, ela tem atualmente, por exemplo, regiões da Espanha e do leste europeu.
A chefe da mais importante associação de médicos da Alemanha disse no início desta semana que o país já está lutando com uma segunda onda do coronavírus e corre o risco de desperdiçar seu sucesso inicial devido à não observância às regras de distanciamento social.
“Já estamos em uma segunda onda plana”, disse a presidente da associação de médicos, Susanne Johna, em entrevista ao jornal alemão Augsburger Allgemeine publicada na terça-feira (4). “Existe o risco de que os sucessos que alcançamos até agora na Alemanha sejam desperdiçados com uma combinação de negação e desejo de retorno à normalidade.”