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Mundo A União Europeia decidiu banir o uso de canudos de plástico em até três anos

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Quem descumprir a lei estará sujeito a uma multa que será aplicada em dobro se houver reincidência. (Foto: Reprodução)

Legisladores da UE (União Europeia) decidiram na quarta-feira (24), banir o uso de produtos como canudinhos e cotonetes feitos de plástico, e pressionam os fabricantes a reciclar em um esforço para frear a poluição dos oceanos.

Sob a proposta, apoiada pela maioria do Parlamento Europeu, 10 produtos feitos de plásticos, que já contam com alternativas biodegradáveis, serão proibidos até 2021. Países da UE serão obrigados a reciclar 90% das garrafas de plástico até 2025 e os produtores terão de ajudar a cobrir os custos da gestão de resíduos.

“Estamos enviando um sinal forte à indústria”, disse o deputado belga Frederique Ries. “Há um amplo e crescente apoio popular a esse assunto”, acrescentou ele, que representa o Parlamento em negociações com governos europeus.

A UE recicla apenas um quarto das 25 milhões de toneladas de resíduos de plástico que produz por ano.

A decisão da China de frear o processamento de resíduos juntamente com o crescente alerta sobre os danos da poluição aos oceanos têm feito o continente deixar de depender de países em desenvolvimento para lidar com os seus resíduos.

Reguladores esperam que as novas regras levem a uma queda nos preços dos plásticos recicláveis. A nova legislação ainda precisa ser aprovada pelo conselho de ministros da UE antes de valer para os países do bloco, alguns dos quais falharam na missão de frear o consumo excessivo do material, preocupados com a dificuldade que seria implementar as medidas no setor industrial.

Mas o vice-chefe do executivo da UE, que coordena os esforços para acabar com o desperdício de plástico pede mobilização. “A Europa chegou a um acordo sobre o fato de que não podemos apenas colocar esse assunto nas costas de outra pessoa”, disse Frans Timmermans. Ele afirmou ainda que foi encorajado por uma mudança no setor privado em direção à reciclagem voluntária e ao ativismo público.

“Esta é a primeira estratégia no mundo que olha para toda a questão do papel que o plástico desempenha na nossa economia”, disse Timmermans. “Se não agirmos agora, se não agirmos rapidamente, teremos mais plástico do que peixes nos oceanos.”

Origem e transformação

Um material que foi criado para salvar vidas animais, hoje, é o responsável pela morte de 100 mil animais marinhos a cada ano: o plástico. Segundo a reportagem especial da National Geographic deste mês, o material foi desenvolvido no fim do século XIX para substituir produtos feitos a partir do marfim dos elefantes. Naquela época, o substituto foi um plástico feito com celulose. No entanto, esse material foi posteriormente desenvolvido a partir do petróleo, para barateá-lo e garantir mais qualidade e durabilidade.

Desde então, impulsionado pela indústria de embalagens, o uso do plástico cresceu de forma exponencial. Estima-se que a produção em 2050 chegue a 33 bilhões de toneladas. Neste mesmo ano, cientistas calculam que haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Para Fernanda Dalto, Gerente de Campanhas da ONU Meio Ambiente, o problema não é o plástico, mas sim como usamos.

Um perigo microscópico

Uma das maiores preocupações de especialistas que estudam o material são os microplásticos. O termo foi criado pelo cientista Richard Thompson e é usado para definir pedaços do material que são muito pequenos – de até cinco milímetros de diâmetro. Com a ação do sol, movimentos das ondas do mar e também a ação de microrganismos, a fragmentação do plástico dificulta a recolhida do material do meio ambiente.

Além disso, essas partículas já estão entrando nas cadeias alimentares marinhas. O mesmo cientista achou microplásticos em um terço de 500 peixes diferentes no Canal da Mancha, na Inglaterra. Cientistas já encontraram contaminação plástica no sal marinho nos Estados Unidos, Europa e China. O mesmo está acontecendo com fibras sintéticas de roupas, de acordo com Dalto. A cada lavagem de roupas com esses materiais, milhares de partículas de plástico são liberadas e vão parar nos ralos, seguindo para córregos, rios e desaguando oceanos. A preocupação é que haja um “sufocamento” dos mares e de seus organismos responsáveis pela fotossíntese. Calcula-se que cerca de 60% do oxigênio que respiramos vem dessas águas.

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https://www.osul.com.br/a-uniao-europeia-decidiu-banir-o-uso-de-canudos-de-plastico-em-ate-tres-anos/ A União Europeia decidiu banir o uso de canudos de plástico em até três anos 2018-10-25
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