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Saúde A Universidade de Brasília inicia nesta quarta-feira a testagem da vacina contra o coronavírus

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Laboratório da UnB. O ensaio clínico é coordenado pelo Instituto Butantan e foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (Foto: Secom UnB)

A UnB (Universidade de Brasília) inicia, nesta quarta-feira (5), os primeiros testes da vacina contra o novo coronavírus (SARS-Cov-2), desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. O ensaio clínico é coordenado pelo Instituto Butantan e foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A vacina do estudo é inativada e será aplicada em duas fases, com intervalo de 14 dias, em até 850 profissionais de saúde voluntários. Na próxima semana, apenas 10 pessoas receberão as doses. O canal de inscrições ainda não foi divulgado.

Para serem considerados aptos a participar do estudo, os voluntários devem ser maiores de 18 anos, trabalhar no atendimento a pacientes com a Covid-19 e não podem ter sido infectados pelo novo coronavírus até o começo dos testes.

De acordo com o professor Gustavo Romeno, que coordena a pesquisa no DF, “metade desses profissionais receberá a vacina, e a outra metade um placebo”. A pesquisa será realizada no Hospital Universitário (HUB), que deverá seguir os protocolos nacionais e internacionais em pesquisa clínica.

De acordo com pesquisadores da UnB, os resultados apresentados na fase II de desenvolvimento da vacina foram considerados “promissores e demonstraram a produção de anticorpos neutralizantes em 90% dos participantes que receberam a imunização”.

Testes no país

As 20 mil doses produzidas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech chegaram no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 20 de julho.

Nesta terceira fase de testes, nove mil voluntários serão acompanhados em centros de pesquisas de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

De acordo com o governo de São Paulo, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil receberá ainda 60 milhões de doses fabricada na China para distribuição.

A parceria entre o laboratório chinês e o Butantan foi anunciada no dia 11 de junho. Na ocasião, o governador João Doria (PSDB) disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021.

Etapas para a produção de vacina

Para se produzir uma vacina, leva tempo. A mais rápida desenvolvida até o momento foi a vacina contra a caxumba, que precisou de cerca de quatro anos até ser licenciada e distribuída para a população.

Antes de começar os testes em voluntários, a imunização passa por diversas fases de experimentação pré-clinica (em laboratório e com cobaias). Só após ser avaliada sua segurança e eficácia é que começam os testes em humanos, a chamada fase clínica – que são três:

Fase 1: é uma avaliação preliminar da segurança do imunizante, ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes do experimento.

Fase 2: na segunda fase, o estudo clínico é ampliado e conta com centenas de voluntários. A vacina é administrada a pessoas com características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a nova vacina é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada.

Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para se fazer um ensaio clínico no Brasil, é preciso da aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Os voluntários são recrutados pelos centros de pesquisa. As informações são do portal de notícias G1.

 

 

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