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Saúde Julho foi o mês com mais mortes por coronavírus no Brasil, apontam dados das secretarias de Saúde

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Estudo indica que 20% dos infectados ainda contagiam após 30 dias. (Foto: Reprodução)

O Brasil teve, em julho, 32.912 mortes confirmadas pela Covid-19, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde do País. O número é o mais alto registrado em um único mês desde o início da pandemia, segundo informações do portal de notícias G1.

O dado foi calculado subtraindo-se as mortes totais no dia 30 de junho (59.656) do total de mortes até 31 de julho, que era de 92.568 até as 20h. Os números dos meses anteriores foram identificados com o uso da mesma metodologia.

Desde que o primeiro caso de Covid-19 foi registrado no Brasil, a quantidade de mortes por mês segue crescente no país. Julho foi o segundo mês seguido em que mais de 30 mil pessoas morreram em solo brasileiro devido à infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O consórcio de veículos de imprensa (portais de notícias G1 e UOL e os jornais O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo) começou o levantamento conjunto no início de junho. Por isso, os dados mensais de maio, abril, março e fevereiro são de levantamentos exclusivos do G1. A fonte de ambos os monitoramentos, entretanto, é a mesma: as secretarias estaduais de Saúde.

Para o epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a tendência de aumento nas mortes mostra o “total fracasso” do Brasil em combater a pandemia.

“Não precisava ser assim. Não tem nenhum motivo para um país onde a pandemia chegou em março o quinto mês da pandemia ser o mês com mais mortes. Isso é completamente descabido. Só mostra o total fracasso do Brasil no combate à pandemia”, afirma Hallal.

O epidemiologista, que comanda a Epicovid, considerada o maior estudo brasileiro sobre prevalência do coronavírus, afirma que o país falhou nas principais medidas que poderiam conter a transmissão da doença: a testagem massiva, a busca ativa dos casos e o distanciamento social.

As medidas para restringir o contato social, implantadas em março em várias partes do país, sinalizaram um bom início para o Brasil até abril, avalia Hallal, mas, desde maio, vêm sendo relaxadas. “Se o Brasil continuar não fazendo o distanciamento social nas cidades onde os números ainda estão estabilizados ou crescendo, agosto vai ‘ganhar’ de julho e vai ser, de novo, o mês com mais mortes”, prevê.

“A única forma de prevenir que agosto ultrapasse julho é se, nos lugares onde os números estão estáveis ou subindo, fazer lockdowns rigorosos, que nunca foram feitos no Brasil”, afirma o epidemiologista.

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, mais de 2,7 milhões de pessoas infectadas pelo Covid-19, segundo balanço divulgado neste sábado (1º) pelo Ministério das Saúde. O número é 45,4 mil maior do que o divulgado no levantamento anterior. O número atualizado de recuperados está em 1,86 milhão. Há ainda 748,59 mil pacientes sendo acompanhados.

O novo coronavírus causou a morte de 93.563 pessoas no Brasil desde o início da pandemia. Segundo o balanço, de sexta-feira (31) para este sábado (1°) foram registradas mais 1.088 mortes. As informações são do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.

 

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https://www.osul.com.br/julho-foi-o-mes-com-mais-mortes-por-coronavirus-no-brasil-apontam-dados-das-secretarias-de-saude/ Julho foi o mês com mais mortes por coronavírus no Brasil, apontam dados das secretarias de Saúde 2020-08-01
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