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Saúde Pesquisa internacional vai analisar genes que influenciam o agravamento do coronavírus com amostras de pacientes em Brasília

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Coleta de sangue para teste do coronavírus no Distrito Federal. (Foto: Breno Esaki/Agência Saúde)

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) estão fazendo uma campanha para reunir pessoas recuperadas ou com sintomas da Covid-19 e contribuir com um estudo internacional de combate à pandemia. A instituição precisa de voluntários para doar sangue, que será analisado em um estudo que pretende identificar genes que podem influenciar no agravamento da doença.

O estudo foi iniciado na Espanha, em abril, por grupo de pesquisadores da Universidade de Santiago de Compostela. Para ampliar a miscigenação, a pesquisa foi ampliada para a América Latina, com a estimativa de alcançar 20 mil amostras ao total.

No Brasil, a campanha de coleta já foi realizada no Rio Grande do Norte. Agora, além do DF, pesquisadores do Pará também vão reunir voluntários. A expectativa é analisar amostras de, pelo menos, 2 mil brasileiros.

Em Brasília, o projeto é coordenado pela pesquisadora Silviene Oliveira, do Departamento de Genética e Morfologia da Unb. Ela explica que por concentrar pessoas de diversas regiões, as coletas na capital podem contribuir no avanço do estudo.

“O DF representa o Brasil em termos de miscigenação e é um ponto chave nessa amostragem”, diz a pesquisadora.

A pesquisadora Silviene Oliveira explica que o projeto pode indicar “um parâmetro a mais” sobre os riscos de agravamento da Covid-19, para além das comorbidades já conhecidas. “Isso pode ser utilizado para não ter que selecionar [casos de risco] apenas pela idade ou comorbidade. Vamos saber quando a pessoa mais jovem, por exemplo, tem uma predisposição muito grave, enquanto que em outro paciente mais velho pode ser mais brando”, diz ela.

Silviene afirma que o estudo pode ainda ampliar o conhecimento dos pesquisadores sobre a variabilidade de sintomas e responder questões acerca da diversidade de resposta do organismo ao vírus a partir de “marcadores genéticos”.

“Por que uma pessoa tem febre e a outra não tem? Tem gente que não sente cheiro e outra sente? Por que pessoas morrem e outras nem tem sintoma? Com esses marcadores, podemos ter uma triagem e saber quem, provavelmente ,vai precisar de UTI ou respirador”, explica.

Os participantes também vão contribuir para estudos de medicamentos. Para isso, eles devem informar quais remédios tomaram durante o tratamento. Os pesquisadores vão utilizar questionários e prontuários médicos.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) considera como recuperados do coronavírus aqueles casos “com mais de 14 dias de início dos sintomas e que não evoluiu ao óbito”. A pasta contabilizava até a noite de sexta-feira (31) 88.797 pessoas nesta situação – número que representa 83,5% dos 106.292 infectados na capital.

Contudo, a pesquisadora Silviene destaca que há casos de pessoas que permanecem por mais de 14 dias com sintomas. Ela afirma que o teste para diagnóstico da Covid-19 do tipo RT-PCR, que coleta uma amostra de secreção nasal, é “o mais recomendado para certificar se a pessoa está ou não infectada”.

Silviene afirma que os interessados em contribuir para a pesquisa não precisam necessariamente estar recuperados, mas devem informar essa condição no momento do cadastro. É recomendado que apenas uma pessoa do mesmo grupo familiar participe – salvo casais, que não são parentes. As informações são do portal de notícias G1.

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