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Saúde O coronavírus traz risco também ao cérebro: reflexos da doença no sistema nervoso surpreendem os médicos e são alvo de estudos

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O vírus não permanece por muito tempo no cérebro. (Foto: Reprodução)

A morte precoce do apresentador Rodrigo Rodrigues, dos canais Sportv, da TV Globo, vítima da Covid-19 aos 45 anos, provocou comoção especialmente entre a imprensa esportiva e torcedores, mas chamou a atenção também para uma consequência da doença ainda pouco estudada e cercada de dúvidas: os reflexos do novo coronavírus sobre o sistema nervoso. Enquanto especialistas no assunto notificam aumento de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) entre os infectados, as causas desses derrames ainda é debatida, sobretudo a partir de três hipóteses, todas ligadas à principal causa dessa emergência médica: a formação de coágulos sanguíneos, que entopem veias ou artérias do corpo, prejudicando a circulação de sangue no cérebro.

Em entrevista ao jornal Estado de Minas, o neurocirurgião Leonardo Augusto Wendling Henriques, vinculado ao Instituto Mário Penna e do corpo médico do Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte (MG), explica que toda a discussão sobre como o coronavírus afeta o sistema nervoso passa um grupo de situações. “Três mecanismos possibilitam que o AVC ocorra em quem está infectado pelo novo coronavírus: a lesão do endotélio (revestimento dos vasos sanguíneos) pela infecção do vírus; o aumento de fatores sanguíneos (proteínas que podem ser alteradas pela virose) que estimulam a trombose; e estase venosa, que é a diminuição da velocidade do fluxo de sangue, o que aumenta a tendência de coagulação”, afirma o especialista.

Ainda de acordo com o neurocirurgião, é preciso cautela ao analisar esses três fatores, já que pesquisas sobre os danos provocados pela Covid-19 no sistema nervoso estão em fase inicial. “Não sabe ainda em quais desses fatores a doença interfere mais. Mas, possivelmente, os três estão associados”, pontua.

Em pesquisa realizada em abril e publicada no New England Journal of Medicine, o Departamento de Neurocirurgia do Hospital Mount Sinai, dos Estados Unidos, contabilizou cinco casos de AVC num período de duas semanas entre pacientes infectados pela Covid-19. Todos eles tinham em comum o fato de não serem idosos, parcela da população mais afetada pelos derrames.

O neurologista cooperado da Unimed-BH Paulo Pereira Christo já percebe um aumento na ocorrência de AVCs entre os mais jovens durante a pandemia. “Uma coisa interessante é que pacientes que têm derrame normalmente são mais idosos, por fatores de risco. Agora, durante a pandemia, temos visto pacientes com AVC mais jovens, alguns em vigência da infecção pela Covid-19”, diz o especialista.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), contudo, apontam um cenário de queda no quadro geral de AVCs, no comparativo dos meses em que o estado enfrenta a pandemia e o mesmo período de 2019. Entre março e junho do ano passado, a SES registrou 1.238 mortes causadas por derrames. Neste ano, nos mesmos meses, a pasta computou 1.116 óbitos por essa causa. As informações são do jornal Estado de Minas.

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