A Indonésia, que também testa a vacina, chegou a divulgar no começo do mês que tinha verificado 97% de eficácia. Mas depois precisou se retratar, dizendo que os dados só estariam disponíveis em janeiro.
Poucas informações
A doutora em neurociências e divulgadora científica Mellanie Fontes-Dutra, que faz pós-doutorado em bioquímica na UFRGS, aponta que as primeiras informações vindas da Turquia parecem de fato estar relacionadas a resultados preliminares do estudo de fase 3.
“Realmente parece ser o caso de uma análise interina. Mas são só hipóteses, a gente tem muito pouca informação e é isso que a gente está supondo”, explicou Mellanie.
“São dados interessantes, mas preliminares. Mais eventos (pessoas infectadas entre os voluntários) precisam ser analisados em uma população maior de participantes para poder prosseguir a avaliação até a análise final de eficácia”, explicou a especialista.
Continuidade dos testes
De acordo com a agência de notícias Reuters, os pesquisadores turcos sinalizaram que os testes continuam e eles disseram que é “provável que a taxa aumente com base em dados de testes em estágio avançado”.
Os pesquisadores, que integram o conselho científico do governo, afirmaram que nenhum sintoma importante foi detectado durante os testes da CoronaVac na Turquia, exceto por uma pessoa que teve reação alérgica.
A agência de notícias Associated Press relatou que o ministro da saúde da Turquia, Fahrettin Koca, ressaltou que os dados divulgados por eles são os primeiros já divulgados sobre a CoronaVac. No país, os testes envolvem 7.371 voluntários.
A Turquia comprou 50 milhões de doses da CoronaVac em 11 de dezembro, mas o embarque foi adiado. O ministro Fahrettin Koca disse que as vacinas chegarão à Turquia na segunda-feira (28), acrescentando que o país irá vacinar cerca de 9 milhões de pessoas do primeiro grupo, começando pelos profissionais de saúde.

