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Porto Alegre Acadêmicos de Medicina que fraudaram vacinação da covid em Porto Alegre viram réus na Justiça gaúcha

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Grupo é acusado de falsidade ideológica e infração de medida sanitária. (Foto: EBC)

Indiciados pela Polícia Civil e denunciados pelo Ministério Público (MP), quatro acadêmicos de Medicina que fraudaram a  campanha de vacinação contra o coronavírus em Porto Alegre viraram réus na Justiça gaúcha. Eles haviam recebido Coronavac na primeira dose mas agiram de forma deliberada para completar o esquema de imunização com o fármaco de Oxford.

O caso aconteceu no dia 10 de maio, em Porto Alegre. Com idades de 22 a 25 anos e todos matriculados na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), eles serão julgados pelos crimes de falsidade ideológica e infração de medida sanitária preventiva. Caso sejam sentenciados, a pena é de multa ou prisão.

Conforme o MP, os quatro estudantes se valeram do fato de cursarem graduação em Medicina e de atuarem estágio prático para serem incluídos no segmento prioritário de vacinação. O grupo então foi a uma farmácia no bairro Petrópolis e, omitindo o fato de que já haviam recebido a primeira dose de Coronavac, receberam o fármaco de Oxford, supostamente com maior grau de eficácia.

“Os denunciados fizeram inserir em uma nova carteira de vacinação que obtiveram falsa declaração de que estavam recebendo a primeira dose da vacina e, ao mesmo tempo, omitiram em suas carteiras de vacinação o recebimento da segunda dose”, sublinhou a promotora no documento.

A fraude foi descoberta logo após as injeções, quando a agente de saúde lançou os dados no sistema de controle da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Ao constatar a duplicidade de primeiras doses, comunicou o fato à Pró-Reitoria de Graduação da PUCRS.

“A conduta dos denunciados infringiu as determinações emanadas pelo Poder Público para impedir a propagação da doença contagiosa”, finalizou a Promotoria. Não foi oferecida alternativa de não persecução penal, pois nenhum deles confessou – em depoimento, alegaram ter recebido “por engano” duas vacinas diferentes.

O que disse a PUCRS

Por meio de nota, no mês passado a direção da universidade informou que acompanha as investigações e que está à disposição para colaborar no esclarecimento dos fatos:

“A Pontifícia Universidade Católica seguiu todas as orientações das autoridades competentes na ocasião em que encaminhou a nominata dos alunos aptos para a realização da vacina contra a Covid-19 à Secretaria Municipal da Saúde. Ao mesmo tempo, prestou todos os esclarecimentos sobre os critérios e forma de vacinação estabelecidos pelos órgãos públicos de saúde”.

“Assim que tomou conhecimento dos atos dos referidos estudantes, em abril deste ano, a PUCRS imediatamente advertiu os quatro alunos e reforçou as orientações sobre as regras do processo de vacinação para toda a sua comunidade acadêmica, bem como manteve-se acompanhando os estudantes envolvidos quanto a possíveis efeitos adversos”.

“Após a advertência inicial, a Universidade manteve-se acompanhando a investigação, aguarda a conclusão do inquérito policial e seus desdobramentos, e permanece colaborando com as autoridades”.

(Marcello Campos)

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