Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2016
Foragido há um ano e dois meses, após ser denunciado à Justiça por de aplicar golpes pela internet que somam 250 milhões de reais, o empresário Michel Pierre Cintra planejava fugir do País e morar em Santiago, no Chile.
A informação é do MP (Ministério Público) que, em investigação conjunta com a PF (Polícia Federal), descobriu que o empresário, foragido há um ano e meio, estava escondido em uma casa na capital paulista, há seis meses.
O advogado Antônio Roberto Sanches, que deferente o empresário, disse que não vai se manifestar sobre as acusações porque não teve acesso às informações sobre a prisão do cliente.
Cintra foi preso na madrugada, de segunda-feira (31), na BR-369, quando seguia para Foz do Iguaçu (PR). O ônibus em que ele estava foi parado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), comunicada pela PF. Ao ser abordado, o empresário apresentou um documento falso.
“As informações que recebemos é de que ele já teria alugado uma casa no Chile. Primeiro, ele iria para o Paraguai, depois para a Argentina e, posteriormente, seguiria para Santiago, no Chile”, explicou o promotor Aroldo Costa Filho.
Cintra e a mulher, Viviane Boffi Emílio, são acusados de fraudes por meio do site de vendas Pank. Segundo o MP, eles não entregavam os produtos vendidos, ou entregavam itens similares aos originais, comprados no Paraguai. Na ação constam 198 vítimas do esquema.
Viviane está presa desde setembro do ano passado. Outras quatro pessoas se tornaram réus no processo por participação na fraude que, segundo Costa Filho, pode ter feito cerca de 80 mil vítimas em todo o país, entre 2011 e 2013.
Maria Cláudia Seixas, advogada de Viviane, disse que o processo não foi concluído e que vai aguardar a decisão da Justiça para se manifestar.
Agora, o MP investiga a suspeita de que Cintra continuaria a aplicar o mesmo golpe, por meio de sites de venda, no exterior. Para Costa Filho, a tentativa de fuga também reforça a tese de que o empresário é responsável pela fraude no Brasil. (AG)