Domingo, 05 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2016
Um adolescente de 15 anos teve a matrícula cancelada em uma escola particular por precisar aplicar insulina durante o horário escolar.
“Meu filho começou a estudar nessa escola este ano. Procurei a coordenadora e pedi uma reunião com os professores para explicar o que é o diabetes tipo 1 e como agir no caso de hipoglicemia, quando a taxa de açúcar no sangue cai. Apenas a coordenadora me recebeu e disse que colocaria o material que levei nas pastas dos professores”, relata a representante comercial Daniele Batista da Silva, 36 anos.
Em maio, o adolescente teve uma crise de hipoglicemia durante a aula de Educação Física e ninguém sabia o que fazer. “Eu estava longe e demorei a ver as chamadas no celular. No dia seguinte, a escola marcou uma reunião com todos os professores, mas uma coordenadora disse que procuraria um advogado, porque meu filho corria risco de vida e que isso poderia prejudicar a escola”, conta a mãe.
Em junho, o adolescente sentiu uma dor na barriga durante a aula, e a coordenadora ligou para Daniele pedindo que fosse buscar o filho. “Eu estava de cama, com crise renal. Discuti com a coordenadora pelo telefone. Consegui que dois amigos fossem à escola e, chegando lá, meu filho já estava bem.”
No dia seguinte, a mãe foi chamada para uma reunião na escola e comunicada de que seu filho não poderia continuar na instituição. “Ele ficou três dias sem comer, com o olhar perdido. Precisei levá-lo a uma emergência. Entrou em depressão, se sentiu recusado na vida.”
O caso aconteceu em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. (AG)