Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de junho de 2020
Queiroz foi preso em Atibaia e transferido para o Rio de Janeiro
Foto: Reprodução de TVFabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), recebeu ameaças de morte e teme pela própria vida, afirmou, na tarde desta quinta-feira (18), o advogado Paulo Emílio Catta Preta, que assumiu a defesa do policial reformado.
“Sim, ele teme pela vida dele”, declarou o advogado ao ser questionado por jornalistas na porta do Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, para onde Queiroz foi levado depois de ter sido preso em São Paulo.
O advogado afirmou não saber detalhes sobre as supostas ameaças recebidas por Queiroz. “Ele não me disse [quem fez as ameaças], mas disse que já recebeu ameaças desde que esse caso veio à tona”, enfatizou o defensor.
Queiroz foi preso na manhã desta quinta em uma casa em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel pertence ao advogado Frederick Wassef, que representa a família Bolsonaro. Segundo Catta Preta, Queiroz ainda não esclareceu por que estava naquela casa.
O defensor afirmou que teve apenas 20 minutos de conversa com Queiroz dentro do presídio de Benfica e por isso não pode esclarecer todos os fatos relacionados à prisão dele. “O que é mais urgente agora é a libertação dele e a eventual revogação da prisão preventiva”, disse.
Catta Preta assumiu a defesa de Queiroz agora. O advogado anterior, Paulo Klein, desistiu de continuar defendendo o ex-policial e deixou o caso em dezembro do ano passado.
“Vou tentar, naturalmente, um pedido de revogação. Um habeas corpus é a medida natural neste momento. E, mais adiante, conhecendo em profundidade a investigação, nos prepararmos para enfrentá-la e esclarecermos o que nós acharmos que precisa ser esclarecido”, declarou.
Queiroz é investigado por participação em um suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro na época em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual.