Quinta-feira, 21 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2025
Daniel Nardon estava preso desde maio na Penitenciária Estadual de Canoas
Foto: Guilherme Zimmermann/O SulA juíza Cláudia Junqueira Sulzbach, da 5ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca de Porto Alegre, determinou a soltura do advogado gaúcho Daniel Fernando Nardon, mediante o cumprimento de medidas cautelares. Investigado por aplicar golpes em clientes e instituições financeiras, ele deixou a Penitenciária Estadual de Canoas na noite de sexta-feira (15). Nardon estava preso desde 16 de maio, após ser alvo de uma operação da Polícia Civil.
A decisão atendeu a um pedido da defesa. A magistrada determinou a aplicação das seguintes medidas cautelares: apresentação mensal em juízo, pelo prazo inicial de seis meses, para informar atividades; recolhimento domiciliar no período noturno (das 19h às 7h); proibição de se ausentar do País (fica mantida a suspensão de passaporte e/ou de impedimento de emissão de novo passaporte, conforme decisão no Pedido de Prisão Preventiva); proibição de acesso ou frequência aos locais alvos da investigação e outros que por circunstâncias estejam relacionadas aos fatos; proibição de manter contato com os demais investigados, com as vítimas e com outras pessoas que, por qualquer circunstância, estejam relacionadas aos fatos; proibição de se ausentar da Comarca por mais de 15 dias sem prévia autorização da Justiça; manutenção das medidas restritivas relacionadas ao exercício da advocacia; manutenção de endereço atualizado nos autos e comparecimento a todos os atos processuais.
Nardon é investigado por lesar clientes e instituições financeiras por meio de procurações falsas. Ele foi preso em maio em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e levado para a Penitenciária Estadual de Canoas.
O advogado teve o exercício profissional suspenso cautelarmente pela OAB/RS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional gaúcha). Ele nega as acusações e diz ser vítima de uma “armação”.