Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2015
Os advogados do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, pediram na quarta-feira ao juiz federal Sérgio Moro novo prazo para explicar o sentido das mensagens cifradas do executivo interceptadas pela Polícia Federal. O prazo para a entrega da manifestação termina nesta quinta-feira, mas os defensores informaram que não poderão cumpri-lo, porque não se encontraram com Marcelo, preso na PF (Polícia Federal) em Curitiba, no Paraná. A visita deve ocorrer nesta quinta-feira, dia autorizado pelos delegados.
“O prazo assinalado, a toda evidência, não pode ser cumprido, na medida em que os esclarecimentos a serem prestados versam sobre anotações que estariam armazenadas em telefone do peticionário, e das quais a defesa jamais teve conhecimento – razão pela qual, por óbvio, delas não pode tratar sem no mínimo antes conversar com Marcelo”, explicou a defesa.
No despacho, o juiz federal pediu aos advogados para explicarem o conteúdo das anotações, antes de ele extrair possíveis “consequências jurídicas” da interpretação dos escritos. Segundo os delegados da Polícia Federal, Marcelo tentou atrapalhar as investigações.
Interceptação
Durante as investigações, a polícia interceptou as seguintes notas no celular do presidente: “MF/RA: não movimentar nada e reembolsaremos tudo e asseguraremos a família. Vamos segurar até o fim. Higienizar apetrechos MF e RA. Vazar doação campanha. Nova nota minha mídia? GA, FP, AM, MT, Lula? E Cunha?”. (Folhapress)