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Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2015
Um dia depois de a agência Fitch rebaixar a nota do Brasil ao limite do grau de investimento, a diretora de classificação de risco Shelly Shetty disse que não espera a aprovação da volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e aguarda propostas alternativas do governo para avaliar um eventual rebaixamento do País a grau especulativo.
“Não incorporamos a aprovação em nosso cenário-base, devido à resistência ao imposto [no Congresso]. O que olhamos é qual resposta o governo poderia dar ao veto da CPMF, que é muito importante para a receita esperada para 2016”, declarou a executiva. O governo chegou a apresentar a Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) como plano B, mas prefere o “imposto do cheque”, porque traria impacto menor à economia. A equipe da presidenta Dilma Rousseff teme que a Cide eleve ainda mais a inflação. Shelly disse que o foco é ver como o governo se mostra capaz de dar estabilidade ao País e que medidas serão apresentadas para 2016.
Um dos mitigadores, afirmou a analista, são as reservas internacionais do Brasil, que somam 373 bilhões de dólares, e as intervenções do BC (Banco Central) para evitar depreciação ainda mais elevada do real frente ao dólar. “O BC mostrou cautela e precaução intervindo sem usar as reservas. Contamos com a manutenção dessa estratégia”, afirmou.
O Banco Central acumula perda de 108 bilhões de reais com sua atuação para tentar conter a alta do dólar e a fuga de recursos do País por meio do swap cambial. (Folhapress)