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Política Ameaças, agressões à ex, sequestro encenado e afastamento da polícia; um deputado que coleciona polêmicas

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Delegado Da Cunha perdeu a posse de arma e distintivo, confessou ter encenado um sequestro e foi acusado de agressão.

Foto: Reprodução
Delegado Da Cunha perdeu a posse de arma e distintivo, confessou ter encenado um sequestro e foi acusado de agressão. (Foto: Reprodução)

Um vídeo do deputado federal Carlos Alberto da Cunha, “Delegado Da Cunha”, de 46 anos, supostamente agredindo e ameaçando de morte a ex-companheira faz parte de um pacote de polêmicas que o parlamentar tem colecionado. De 2021 para cá, ele chamou policiais de “ratos” e foi afastado da polícia. Além disso, perdeu a posse de arma e distintivo, confessou ter encenado um sequestro e foi acusado de agressão.

Em outubro de 2023, Da Cunha virou réu em uma ação de violência doméstica contra a nutricionista Betina Grusiecki, de 28 anos, com quem mantinha união estável há três anos. Ela o acusa por ameaça, agressão e injúria. O deputado negou ter agredido a ex-mulher à Justiça.

Nas imagens é possível ouvir o deputado fazendo graves ameaças contra a vida de Betina. “Eu vou te matar. Vou te encher a tua cara de tiro”.

O som das batidas que podem ser ouvidas, conforme relatou a mulher ao Ministério Público (MP), seria da cabeça sendo jogada pelo delegado contra a parede do banheiro. Ainda no processo, Da Cunha negou o episódio em que teria batido com a cabeça da ex na parede. Ele citou apenas que o momento do casal não era bom.

“Os dois estavam fora do prumo. Os dois estavam desestabilizados”. O laudo do Instituto Médico Legal (IML), porém, constatou escoriações no couro cabeludo e lesões corporais leves em Betina.

O advogado do deputado, Eugênio Malavasi, afirmou não ser possível confiar na veracidade do vídeo antes de uma análise. “Eu vou pedir a submissão desse vídeo à perícia. Porque esse vídeo não foi periciado. Não estou falando que é inverídico, mas não passou pelo crivo do Instituto de Criminalística. Não foi submetido a perícia oficial.”

O delegado Da Cunha, que soma mais de 5 milhões de seguidores, já vinha de um histórico de situações polêmicas até chegar à acusação de agressão pela ex. Justamente a exposição nas redes sociais o levaram à primeira queda. Em 2021, durante a participação em um podcast, comentou sobre a existência de corrupção na Polícia Civil e, como consequência, foi afastado.

Ainda em 2021, pediu afastamento por dois anos por motivos pessoas, mas as situações polêmicas ainda o circundavam. Ele também veio a confessar, no mesmo ano, ter publicado vídeos no Youtube de ações encenadas. Ao participar do podcast com o vereador e ex-PM Gabriel Monteiro (PSD) e falou que “há grande corrupção no alto escalão da PM do Rio de Janeiro”. Em seguida, o deputado disse que existem “ratos” dentro da polícia.

Em seu canal no YouTube, o delegado afirmou que foi afastado das ruas por conta dessa alegação. Além do afastamento, de acordo com ele, lhe foi imposta a entrega das armas e do distintivo.

O pedido de entrega das armas causou revolta no delegado que, ainda no canal, comentou ser complicado um policial ficar exposto e sem arma. Ele citou ter uma pessoal e com autorização.

Ainda de acordo com o delegado, apesar de ter entregue três armas a que tinha direito como autoridade policial, ele ainda tem uma arma particular, da qual tem autorização de uso. “Não sou delegado de pelúcia, eu sou delegado da favela”, falou, na ocasião.

Enquanto respondia a um procedimento administrativo disciplinar junto ao órgão corregedor, Da Cunha pediu uma licença por dois anos por motivos particulares. O advogado do parlamentar informou à época que a decisão havia sido tomada porque com retirada das armas o cliente corria riscos, mesmo trabalhando em atividades burocráticas.

O delegado confessou publicamente que encenou o vídeo do flagrante de um sequestro em uma comunidade da capital paulista, em julho de 2020. Ele afirmou que encenação trata-se de uma reconstituição prevista em lei.

O flagrante citado por ele aconteceu na comunidade Nhocuné. Os policiais descobriram que um homem era mantido refém no chamado tribunal do crime, na mira de criminosos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Após retirá-lo do local, o delegado o colocou de volta no cativeiro e ‘encenou’ a ação policial que havia acabado de acontecer.

Ele filmou as cenas para publicar em seu canal no Youtube, que atualmente conta com 3,6 milhões de seguidores. A gravação foi publicada e distribuída a diversos veículos de comunicação, como se fosse a verdadeira operação. A descoberta da encenação aconteceu com os depoimentos de policiais envolvidos na operação e outras testemunhas ao Ministério Público.

 

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