Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2020
Foi a sétima semana seguida de melhora na projeção para a atividade econômica
Foto: ReproduçãoOs economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o tombo PIB (Produto Interno Bruto) de 2020, revisando a estimativa de uma redução de 5,62% para 5,52%. Essa foi a sétima semana seguida de melhora do indicador.
A projeção faz parte do boletim de mercado, conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo BC (Banco Central). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.
A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nas últimas semanas, porém, indicadores têm mostrado o início de uma retomada da economia brasileira.
Na semana passada, o BC divulgou o resultado do IBC- Br do segundo trimestre deste ano. O indicador apontou um tombo de quase 11% na atividade econômica brasileira no período, sinalizando o início de uma recessão. Para 2021, a expectativa do mercado financeiro de crescimento do PIB foi mantida em 3,50%.
Inflação abaixo de 2%
Segundo o relatório divulgado pelo BC nesta segunda-feira, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2020 de 1,63% para 1,67%. A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.
Pela regra vigente, o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2021, o mercado financeiro manteve em 3% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
Taxa básica de juros
Após a queda para a mínima histórica de 2% ao ano na semana passada, o mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros da economia, a Selic, neste patamar até o fim deste ano.
Para o fim de 2021, a expectativa do mercado recuou de 3% para 2,75% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem, mas em menor intensidade.