Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os brasileiros assistem aos últimos capítulos da novela intitulada Promessas Irrealizáveis, encenada por grande parte dos candidatos. Nos programas de rádio e TV, nos comícios e nas entrevistas, acompanham o melancólico espetáculo da incompetência quase generalizada na elaboração de propostas. Mesmo assim, não há melhor instrumento do que o voto, usado com lucidez e cuidado para se sobrepor ao engodo e à lama. É preciso garimpar e encontrar candidatos honestos, que assumam a responsabilidade da gestão pública com respeito, além de espírito democrático.
O que falta
A cada campanha torna-se mais necessária a criação de um aparelho simples chamado detector de demagogia.
Qual candidato à Presidência da República fará uma referência, a mínima que seja, ao orçamento da União para 2019?
Risco
As forças da ponderação e do equilíbrio têm uma missão nos últimos dias da campanha: frear a radicalização. Há muito, sabe-se a que labirinto a tática da violência leva.
Um lado
Em outubro do ano passado, o OAB de São Paulo abriu debate, perguntando: presos podem dar entrevista para veículos de Imprensa?
Walter Vieira Ceneviva, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da OAB/SP respondeu: “No Estado Democrático de Direito, a informação é a matéria-prima fundamental para que o eleitor possa votar. É a partir do fluxo livre de informações que a Democracia e a civilização podem funcionar e evoluir.” Depois de uma longa exposição, conclui: “Portanto, sim, presos podem dar entrevistas para veículos de imprensa.”
O outro
Euro Bento Maciel Filho, professor de Direito Penal e vice-presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/SP, afirmou: “Aquele que entra no nosso falido sistema carcerário sabe, de antemão, que diversos dos direitos que possuía do lado de fora dos muros de um presídio são, de uma hora para outra, simplesmente perdidos”. Adiante, acrescenta: “Em situações especialíssimas, certas exceções podem ser admitidas, desde que precedidas de expressa autorização do Poder Público.”
Censura
A decisão do ministro Luiz Fux, de impedir que o ex-presidente Lula conceda entrevista à Folha de São Paulo e de proibir a publicação, caso já tenha sido gravada, traz à memória o período danoso da censura no País.
Até prova em contrário
Fica a triste impressão de o Brasil passará a ser conhecido como o país que um dia teve um grande futuro em seu passado.
Teste e aprovação
Pesquisa Datafolha, divulgada a 30 de setembro de 1993, mostrou que 62 por cento dos integrantes do Congresso Nacional eram a favor da reeleição. Em junho de 1997, o projeto foi aprovado, permitindo que o presidente da República, governadores e prefeitos concorressem novamente. Em caso de vitória, exerceriam mais um mandato.
Ares tempestuosos
Está cada vez mais comprovado o que, certa vez, disse Tom Jobim: “O Brasil não é para principiantes.”
Há 100 anos
A 30 de setembro de 1918, foi promovida passeata em Porto Alegre, comemorativa à vitória dos aliados na Primeira Guerra Mundial, que havia começado em 1914. O cessar fogo definitivo só ocorreu a 11 de novembro.
A cidade recém tinha saído do inverno que registrou temperatura de 4 graus negativos e enfrentava os efeitos devastadores da gripe espanhola.
Intermediários no poder
Chegará o dia em que os eleitores recusarão ventríloquos e exigirão que os marqueteiros de campanhas assumam os cargos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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