Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2015
A 34ª Expoagas foi aberta na manhã desta terça-feira (25) com a presença da classe varejista, convidados, autoridades e lideranças empresariais. O Centro de Eventos da Fiergs serviu de palco para a apresentação do presidente da entidade promotora do evento, a Agas (Associação Gaúcha de Supermercados). Antonio Cesa Longo, em sua segunda gestão à frente da Agas, foi aplaudido pelo público por seu discurso enfático, de cunho político e social.
“O Brasil recentemente foi apontado em pesquisa como o segundo país mais pessimista do mundo, ficando atrás somente da Grécia. Entendemos que isto não é pessimismo, e sim realismo devido à realidade em que vivemos”, afirmou. Longo criticou o sistema, a corrupção, a falta de segurança, educação e saúde, bem como a falência do sistema prisional brasileiro , “uma verdadeira escola do crime”. Segundo ele, “há uma crise financeira, sim, mas há uma crise ainda maior de valores no Brasil. Esta não é uma crise mundial, é uma crise nacional”.
Ele salientou os “40 anos de penduricalhos nos adicionais dos salários do setor público, criados por governos anteriores, que o governo atual precisa equacionar”. Foi duro ao criticar o projeto que tramita na Assembleia Legislativa para o aumento das alíquotas de ICMS, o que onerará o contribuinte mais ainda, afetando também o setor varejista, já sobrecarregado com outras elevações nas taxas de energia, combustível e segurança a fim de equilibrar a ausência de policiamento nas ruas.
“O projeto de elevação da carga tributária do ICMS só vai piorar ainda mais a situação, pois trará queda da atividade econômica com a inevitável diminuição da arrecadação, sem contar a perda da nossa competitividade na atração de novos investimentos frente aos demais Estados. Quanto a população gaúcha terá de pagar neste jogo político que está definindo a formação da base partidária que aprovará este projeto de aumento de impostos?”, declarou. Longo disse que mesmo contrário a tudo isto, é um aliado do governo Sartori e de sua equipe, “cuja boa vontade e competência já conhecemos há muito tempo. Queremos que as entidades tenham um papel fundamental sugestionando soluções para o nosso Estado”.