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Por Redação O Sul | 25 de julho de 2015
O filme “Moneyball” conta a história real de um time de beisebol que decide contratar jogadores baseando-se apenas nas estatísticas. O método levou a equipe à fase final da liga americana, revolucionou o esporte e foi adotado por boa parte dos rivais. Aplicativos prometem fazer o mesmo com o prazer. A partir de estatísticas colhidas durante os atos sexuais, os programas pretendem ajudar usuários a melhorar sua performance na cama.
Trata-se de uma espécie de evolução dos rastreadores de atividades físicas, em voga por causa dos aplicativos de corrida, das pulseiras que monitoram as atividades dos usuários e, mais recentemente, de aparelhos como o Apple Watch – o produto avisa o usuário quando ele está muito tempo sentado.
Lovely.
Um dos aplicativos sexuais é o americano Lovely, ainda em desenvolvimento. Com um anel colocado em volta do pênis, o sistema capta dados como duração, velocidade e calorias queimadas durante sexo e os transmite via bluetooth para o celular. “Tive a ideia logo depois do sexo, porque queria saber quantas calorias havia queimado. Como não encontrei nada que as medisse, resolvi criá-lo. O Lovely cresceu, e as calorias são só um dos critérios”, disse Jakub Konik, o fundador da empresa.
Para calcular o gasto calórico, o app considera idade, gênero e peso do usuário e do parceiro – e ainda se torna uma espécie de “Kama Sutra tecnológico”, sugerindo posições com base nos hábitos registrados.
Para custear a fabricação, Konik criou uma campanha de financiamento coletivo on-line com o objetivo de arrecadar 95 mil dólares. Depois de atingir cerca de 40 mil dólares (41% do total), o prazo foi estendido por mais 25 dias. O fundador afirma que a ferramenta será produzida mesmo se o financiamento coletivo falhar. As primeiras unidades serão enviadas em maio de 2016.
Spreadsheets.
Outro aplicativo que recolhe dados sexuais é o Spreadsheets, exclusivo para iOS, que tem 13,5 mil usuários no mundo e 2,3 mil no Brasil. Ao contrário do Lovely, o usuário não precisa de um anel peniano, já que o próprio iPhone coleta as informações pelo microfone e pelo acelerômetro (sensor de movimento). É preciso acionar o programa no início da relação e depois ver em um gráfico os resultados obtidos. De acordo com Danny Wax, cofundador do app, o tempo médio dos atos sexuais de brasileiros em 2015 é 3 minutos e 35 segundos.
Na instalação, o usuário deve selecionar o tipo de colchão no qual costuma fazer sexo. Depois, é preciso deixar o aparelho em cima da cama e pular para calibrar o sensor.
Outras opções à disposição dos usuários de smartphones.
Esse mercado oferece outras opções para diferentes sistemas operacionais e até para desktop – como é o caso do Nipple, em que o próprio usuário cadastra os dados.
Há também quem prefira soluções mais simples. “Eu gostei do SexTrack, mas ele era muito lento no meu celular. O Nipple era um pouco incômodo com todas as suas opções. Não encontrei nada que superasse a simplicidade do Google Calendar”, conta o americano Arthur (nome fictício). Ele diz que colocou no calendário virtual todas relações que teve em 2014, pois desejava comparar a vida extraconjugal com a rotina sexual que mantinha com a mulher. Acabou verificando que estava se divertindo mais fora de casa. (Folhapress)