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Economia Apoio emergencial do BNDES a empresas na pandemia alcança 105 bilhões de reais

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Gustavo Montezano falou sobre contribuições sociais durante a pandemia.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Gustavo Montezano falou sobre contribuições sociais durante a pandemia. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) atingiu R$ 105 bilhões concedidos como apoio emergencial desde o início da pandemia do coronavírus, em março deste ano. O recurso foi aplicado destinado a 258 mil empresas brasileiras que respondem pela geração de 8,5 milhões de empregos. Em entrevista nesta terça-feira (27) à Voz do Brasil, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, revelou que a prioridade foram MPMEs (micro, pequenas e médias empresas), que constituem 96% do total de empresas atendidas.

De acordo com Montezano, o dinheiro que era dirigido para pagar o salário atrasado, o fornecedor que ia ficar vencido, “já está virando dinheiro para capital de giro para chegar nesse Natal que se aproxima”.

FGTS

Também com o propósito de reduzir os efeitos do novo coronavírus, mais R$ 20 bilhões foram repassados do Fundo PIS-PASEP, administrado pelo BNDES, para o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), para que os trabalhadores pudessem fazer saques emergenciais, direcionando parte desses recursos para o consumo, o que movimentou a economia e os pequenos negócios, em especial. Com isso, as medidas emergenciais do BNDES na pandemia somam R$ 125 bilhões. O BNDES tinha uma dívida de R$ 20 bilhões com o Fundo Garantidor do FGTS.

As ações emergenciais voltadas ao setor público somaram R$ 3,9 bilhões em suspensões de pagamentos de Estados e municípios. Os pagamentos que deveriam ser feitos este ano foram postergados. Isso significa que os empréstimos concedidos começarão a ser pagos somente a partir de janeiro de 2021.

Impactos

Gustavo Montezano afirmou que ele e sua equipe se dedicam a analisar como o BNDES pode melhorar a vida dos brasileiros, promovendo investimentos que tenham impacto social e ambiental. “Como a gente faz isso? Preparando projetos, modelando a infraestrutura. A gente atua como um preparador de projetos de grandes obras de construção, iluminação pública, energia elétrica, saneamento, rodovia, todo esse arcabouço de infraestrutura que o Brasil tanto precisa”. Enfatizou que o BNDES atua tanto na preparação e apoio aos Estados e ao governo federal na modelagem, como no financiamento. Completou que, além de melhorar a vida do cidadão na ponta, com qualidade de vida, o banco gera emprego na execução dessas obras.

Para financiamento ao setor elétrico, com o objetivo de evitar aumento maior de tarifas, o consórcio formado pelo BNDES e outras 15 instituições financeiras contratou R$ 15,3 bilhões na Conta Covid. O banco participa com R$ 2,7 bilhões desse total.

Saneamento

Na área do saneamento, em especial, Montezano revelou que a estimativa é que a universalização do saneamento no País demandará recursos entre R$ 600 bilhões e R$ 700 bilhões. A carteira de projetos do banco, atualmente, totaliza R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões. “Estamos falando de 10% do volume necessário para universalizar o saneamento no Brasil. Essa é uma agenda prioritária para o banco”, assegurou. Segundo o presidente do BNDES, a universalização do saneamento básico vai melhorar a educação, a saúde, além de impulsionar o desenvolvimento da região atendida.

Montezano explicou, por outro lado, que a elaboração de um bom projeto de saneamento requer análise de engenharia ambiental e modelagem de um contrato de concessão, que é um trabalho muito técnico e pesado.

Medidas

Entre as medidas emergenciais adotadas pelo banco, destaque para o PEAC (Programa Emergencial de Acesso a Crédito) que transferiu R$ 71,1 bilhões em créditos garantidos, desde seu lançamento em junho, para 89 mil empresas. Desse valor, R$ 66 bilhões foram direcionados a pequenas e médias empresas.

Um total de 46 agentes financeiros está habilitado a contratar empréstimos com a garantia do Tesouro Nacional via Fundo Garantidor de Investimentos, que é o modelo do PEAC. Essas instituições financeiras decidem quando utilizar a garantia do programa e avaliam o pedido de crédito, no momento em que cada uma das operações é estruturada.

Na linha PEAC Maquininhas, os empréstimos oferecidos por agentes financeiros com base no movimento das maquininhas de cartão somaram R$ 105 milhões aprovados para 3.300 clientes. Já na linha Crédito Pequenas Empresas, que oferece crédito para capital de giro, foram aprovados R$ 8 bilhões, resultando em 24.600 empresas apoiadas. Também o PESE (Programa Emergencial de Suporte ao Emprego) aprovou, em duas etapas, R$ 7,3 bilhões em crédito.

Saúde

O Programa de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus aprovou R$ 293 milhões para a área da saúde. Os recursos permitem a abertura de até 2.900 leitos de UTI e enfermaria, compra de 1.700 equipamentos médicos, como monitores e ventiladores pulmonares, e 4 milhões de kits de diagnósticos contra a Covid-19. Uma outra iniciativa, envolvendo a ação de financiamento coletivo Matchfunding Salvando Vidas, para aquisição de materiais, insumos e equipamentos para Santas Casas e hospitais filantrópicos do País, arrecadou R$ 74 milhões, dos quais a metade foi aportada pelo BNDES.

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https://www.osul.com.br/apoio-emergencial-do-bndes-a-empresas-na-pandemia-alcanca-r-105-bilhoes/ Apoio emergencial do BNDES a empresas na pandemia alcança 105 bilhões de reais 2020-10-27
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