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Brasil Após buscas em cinco gráficas, a Polícia Federal não encontrou nenhum vestígio da prestação de serviços para candidatas laranjas do PSL ligadas ao ministro do Turismo

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O resultado reforça a suspeita da PF de que ou as gráficas não produziram nada do que foi declarado pelas candidatas ou fizeram o material para outras pessoas. (Foto: Divulgação/PF)

Nas buscas realizadas há uma semana, a PF (Polícia Federal) não encontrou em gráficas de Minas Gerais nenhum vestígio de que tenham, de fato, trabalhado para candidatas laranjas do PSL ligadas ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Quatro mulheres investigadas sob a suspeita de terem simulado concorrer a cargos de deputada estadual e federal declararam ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter produzido material e outros serviços de campanha nas empresas, que emitiram notas fiscais.

A operação da PF, no entanto, não encontrou registros físicos que indicassem que os serviços tenham efetivamente sido prestados – recibos e ordens de serviços de outras candidaturas, por exemplo, foram encontrados.

O resultado reforça a suspeita da polícia de que ou as gráficas não produziram nada do que foi declarado pelas candidatas ou fizeram o material para outras pessoas. Essas foram as primeiras buscas feitas pelos policiais na atual investigação.

A apuração da PF começou após a Folha de S.Paulo revelar, em fevereiro, o esquema de candidaturas de laranjas relacionado ao ministro de Jair Bolsonaro, que também é do PSL. Álvaro Antônio, que dirigia o partido em Minas nas eleições, nega irregularidades. Ele foi o deputado federal mais votado do Estado. Bolsonaro declarou que aguarda a conclusão das investigações para decidir o futuro do ministro.

Agora, a PF realiza a perícia em computadores, mas quase todas as empresas já sinalizaram que não haveria nada guardado. Após a operação, ao menos dois representantes das firmas foram ouvidos. A polícia considera que as quatro candidatas mentiram em suas prestações de conta.

No dia da busca, uma das gráficas disse que tem como praxe guardar registros físicos por seis meses – e que eles já foram eliminados. Em outro caso, a que emitiu nota fiscal para duas das suspeitas afirmou ter o hábito de anotar as ordens de serviço em um bloquinho que, no entanto, já deveria ter ido para o lixo.

Uma outra empresa, que declarou ao TSE ter prestado serviço a algumas dessas integrantes do PSL, também disse que os pedidos nem sempre eram armazenados e que devem ter sido apagados.

Uma quarta gráfica disse que não possui registro e que as solicitações eram feitas, na maioria das vezes, por telefone ou pessoalmente. Um quinto alvo também não tinha nenhum documento físico para comprovar o trabalho, mas foi o único a informar que teria registro em seu sistema.

Além das gráficas, a PF fez busca na casa de um irmão do coordenador da campanha do ministro no Vale do Aço, Robertinho Soares, que também integra o comando estadual do PSL. Reginaldo Donizete Soares, irmão de Robertinho, é sócio de duas empresas (a I9 Minas e a Imagem Comunicação) que figuram como prestadoras de serviços eleitorais às candidatas suspeitas.

A I9 não funciona há pelo menos dois anos. As duas empresas, segundo informado ao TSE, teriam recebido R$ 44,9 mil de duas mulheres.

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