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Economia Após lançarem campanha por um imposto único sobre movimentações financeiras, empresários agora querem mostrar à população que todos vão ganhar com o novo tributo

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O empresário Flávio Rocha, principal liderança do Instituto Brasil 200. (Foto: Reprodução/Facebook)

Após terem lançado a campanha por um imposto único sobre movimentações financeiras, empresários e movimentos sociais agora passam a uma etapa mais complexa, a de mobilizar a sociedade em torno do que seria, no fim das contas, a criação de um novo tributo. Eles querem mostrar à população que todos vão ganhar com o imposto. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Reunidos em torno do Instituto Brasil 200, os defensores da ideia planejam quatro frentes de atuação: uma romaria de empresários por diversos Estados, ações em redes sociais, mobilizações de rua e contatos no estilo mais tradicional, com partidos e lideranças políticas.

“Comunicação é fundamental a partir de agora”, diz Gabriel Kanner, presidente do instituto, que reúne empresários. Apoiaram o manifesto, lançado no último dia 16 de julho, 40 entidades.

O fato de a proposta ser chamada pela imprensa e detratores de “nova CPMF”, em referência ao malvisto imposto do cheque, extinto em 2007, torna um pouco mais difícil a tarefa de popularizá-la.

“A CPMF ficou demonizada porque virou um imposto a mais”, afirma Kanner. “O Roberto Campos [ícone liberal, morto em 2001] dizia que a CPMF era um estupro do imposto único. Nossa proposta é um imposto substitutivo”.

O novo tributo viria a substituir todos os existentes atualmente, sejam federais, estaduais ou municipais. A alíquota seria de 2,5% em cada transação financeira.

Conquistar apoio popular, afirma Kanner, passa por explicar com exemplos práticos como as pessoas poderão ser beneficiadas com a nova medida.

“Explicar é o nosso grande desafio. Temos que usar casos do dia a dia. Uma pessoa que ganha R$ 2.000 e gasta R$ 2.000 recebe na conta dela em torno de R$ 1.700. Com o imposto único, vai receber R$ 1.950”, afirma.

Ampliar o apoio nos setores político, empresarial e sindical é uma prioridade. No dia 13 de agosto, um evento em Goiânia (GO) pretende reunir empresários e autoridades locais e nacionais.

Será a primeira etapa de uma caravana por diversas capitais, ao ritmo de dois eventos pelo menos por mês. Os próximos devem ocorrer em Fortaleza, Aracaju, Belo Horizonte, Natal e Porto Alegre.

No front político, o PSL já é considerado um parceiro, com apoio de lideranças importantes, como o senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE), autor de um projeto sobre o assunto na Câmara.

Há ainda conversas com o PRB, partido ao qual é ligado o empresário Flávio Rocha, principal liderança do Brasil 200. Também já houve contato preliminar com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, cujo braço sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), é uma das signatárias do manifesto de lançamento da proposta.

Nas mídias sociais, a produção de memes e vídeos em defesa do novo imposto será intensificada. A princípio, usando a estrutura de comunicação do próprio Instituto Brasil 200, com quatro “memeiros” dedicando-se exclusivamente à causa e produzindo de 12 a 15 peças diárias.

O foco na internet não é gratuito. Do engajamento nas redes sociais depende uma fase considerada estratégica da campanha, a mobilização de rua.

Um dos movimentos surgidos durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Nas Ruas, aderiu ao projeto e participou do lançamento da campanha. Deve capitanear a mobilização popular, em um ato na avenida Paulista previsto a princípio para setembro.

“Ainda não temos data certa, até para não tirar o foco da Previdência. Nosso mapeamento de redes diz que já há um grande engajamento com a reforma tributária, que tem sido crescente”, afirma Tomé Abduch, um dos líderes do movimento.

Ele diz que o fato de terem assinado o manifesto do imposto único não significa que estejam a princípio descartando as outras possibilidades apresentadas de reforma tributária.

“Queremos ajudar nessa discussão. É um imposto sobre movimentação financeira, não tem nada a ver com CPMF. Dizer que é CPMF parece que é uma coisa negativa, quando na verdade é uma coisa propositiva”, declarou Abduch.

A ideia é tentar ampliar o número de movimentos envolvidos. Na última segunda-feira (22), houve uma reunião da qual participaram grupos pró-Bolsonaro como Direita SP, São Paulo Conservador e Ativistas Independentes. “Provavelmente podemos aderir, pois defendemos a reforma tributária”, afirma Edson Salomão, presidente do Direita SP.

Mas uma decisão sobre engrossar manifestações ainda dependerá de uma avaliação da receptividade do novo imposto nas redes sociais.

Um desfalque certo é o do MBL (Movimento Brasil Livre), que está se distanciando do governo. “Manifestação de rua em defesa de reforma tributária não faz sentido”, diz um de seus líderes nacionais, Renan Santos.

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