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Brasil Após pichação, um grupo limpou o prédio de Cármen Lúcia em Belo Horizonte

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Grupos se mobilizaram para a limpeza. (Foto: Reprodução/Twitter)

Após a pichação ao prédio onde presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, tem um apartamento em Belo Horizonte, um grupo se mobilizou, na manhã deste sábado (7), para fazer a limpeza do edifício. Enrolados em bandeiras do Brasil, integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) e do Vem Pra Rua usam vassouras para tentar remover a tinta que tomou toda a entrada do imóvel e também paredes de um prédio do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais). Flores foram deixadas no local.

O prédio de Cármen Lúcia foi pichado com tinta vermelha na tarde desta sexta-feira (6) por um grupo de pessoas que estavam mascaradas e desceram de quatro ônibus. A ministra não estava no local no momento do ataque. No prédio do MPMG, foram pichadas críticas ao presidente Michel Temer (MDB) e ao juiz Sérgio Moro.

No fim da noite desta sexta, a PM (Polícia Militar) prendeu dois suspeitos, de 21 e 24 anos. De acordo com a corporação, um dos presos é suspeito de pichar o edifício, e o outro é suspeito de dar fuga a ele.

Os ônibus em que os militantes estavam foram rastreados pelas placas até a Praça da Estação, no Centro e, segundo a PM, foram revistados e os policiais apreenderam quatro facões, duas facas e seis porretes de madeira. Os presos e o material apreendido foram encaminhados para a Central de Flagrantes II da Polícia Civil.

O delegado José Luiz Quintão, que investiga o caso, informou que um dos detidos foi identificado por meio de imagens registradas no momento do ataque. Segundo a assessoria da Polícia Civil, os homens foram liberados após assinarem um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) pela infração penal de pichação. Eles também deverão comparecer a uma audiência na Justiça.

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) negou que os detidos tenham participado da pichação.

Pichação

Segundo relatos de vizinhos, quatro ônibus teriam parado no local e pessoas mascaradas desceram dos veículos e jogaram a tinta no edifício. A Polícia Militar informou que foi chamada por volta das 16h. Quando chegaram ao local, os policiais não encontraram mais ninguém envolvido na ocorrência.

A assessoria do STF confirmou que a ministra tem um apartamento no prédio e que fica no imóvel a cada 20 dias, quando vem a Belo Horizonte.

Em uma rede social, o MST assumiu a autoria do ataque em conjunto com o Levante Popular da Juventude. No post, o movimento disse que cerca de 450 integrantes chegaram por volta das 16h20 em frente ao prédio da ministra. No texto, ele descreve que “foram atiradas bombas de tintas e feitas pichações nos muros e calçadas do prédio onde a golpista reside numa cobertura”.

O MST ainda declarou no post que “assistimos essa semana que o Supremo é tão golpista quanto Temer”, referindo-se ao julgamento do pedido de habeas corpus, impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A votação na Corte Suprema ficou em 6 a 5 contra Lula, sendo que a presidente deu o último voto.

Na noite de sexta-feira (6), o coordenador do MST em Belo Horizonte, Sílvio Neto, admitiu que o Movimento dos Sem Terra participou do ato em frente ao prédio da ministra, mas não confirmou a participação do MST na pichação.

Em nota, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) repudiou os atos de vandalismo. A entidade disse ainda que “tem advertido constantemente para os riscos que a democracia brasileira tem corrido, pela intolerância que determinados segmentos tem pregado, com incitações à quebra da normalidade democrática”.

Em nota, a Anamatra (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho) afirmou que nenhum magistrado pode ser constrangido ou punido por suas decisões.

O vice-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Luís Cláudio Chaves, disse que qualquer ataque a magistrados no exercício da função jurisdicional tem que ser repudiado.

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https://www.osul.com.br/apos-pichacao-um-grupo-limpou-o-predio-de-carmen-lucia-em-belo-horizonte/ Após pichação, um grupo limpou o prédio de Cármen Lúcia em Belo Horizonte 2018-04-07
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