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Economia Após reunião com senadores, pacote contra crise ganha mais propostas

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Joaquim Levy (E), Nelson Barbosa (D) e mais de 30 senadores ampliaram propostas de reforma. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Após uma reunião de duas horas e meia entre os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e mais de 30 senadores, o pacote de reformas foi ampliado e passou a contar com propostas polêmicas, como a redução de ministérios, pauta que incomoda a presidenta Dilma Rousseff.

Foi retirado do documento com as medidas, apresentadas inicialmente pelo PMDB do Senado, a proposta de cobrança por serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) de acordo com faixa de renda.

Com sugestões de senadores e do governo, a chamada Agenda Brasil passou de 28 propostas para 43, sendo que muitas delas apenas destrincham trechos já mencionados no primeiro documento. Um dos pontos mais polêmicos, o que previa a cobrança pelo uso de serviços do SUS, foi retirado da proposta após ter recebido diversas críticas, principalmente de setores do próprio governo.

A proposta foi substituída por outra sugestão que visa garantir recursos para o sistema de saúde: planos de saúde repassariam verbas referentes a procedimentos e atendimentos a seus assegurados.

Os senadores acrescentaram ainda um quarto eixo ao pacote. Chamado “reforma administrativa e do Estado”, a nova seção inclui a redução de ministérios, de cargos comissionados e de estruturas administrativas.

A medida desagrada a presidenta Dilma Rousseff. Desde que propôs o ajuste fiscal para recuperar as finanças da União, no início do ano, a presidente tem recebido reclamações de que não cortou “na própria carne”, tendo transferido as consequências do ajuste para a população.

Os senadores também propõe a reforma das agências reguladoras, visando a independência e capacidade de regular áreas estratégicas, além da revisão do marco regulatório. A iniciativa ambiciona ainda repensar o modelo de administração dos Fundos de Pensão, que são alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou a convergência das propostas apresentadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e as ideias do governo. “A agenda tem uma grande afinidade com as expectativas e necessidades do Brasil neste momento”, disse Levy.

O desejo do governo é que determinadas pautas, como ICMS e PIS-Cofins sejam analisados pelo Congresso prioritariamente.

O presidente do Senado confirmou que deve botar em pauta também considerando essa necessidade de priorizar determinados assuntos e disse esperar apoio também da Câmara dos Deputados para o avanço destes temas.

“Tudo que for convergente será pautado, mas vamos dar continuidade às conversas, recolher as propostas e tentar incluir a Câmara dos Deputados, porque muita das propostas estão tramitando lá, e para que nós preservemos o interesse nacional, é fundamental que o legislativo esteja participando como um todo dessa discussão.

O QUE FOI ACRESCENTADO

No eixo “Melhoria do ambiente de negócios e infraestrutura”:

  • Estímulo às exportações, incluindo antecipação das alíquotas do Reintegra prevista no Plano Nacional de Exportações, celeridade nas liberações aduaneiras, e funcionamento dos portos (particularmente dos serviços aduaneiros) 24 horas por dia
  • Acabar com a união aduaneira do MERCOSUL, a fim de possibilitar que o Brasil possa firmar acordos bilaterais ou multilaterais sem necessariamente depender do apoio dos demais membros do Mercosul

No eixo “Equilíbrio Fiscal”:

  • Trocaram aumentar a idade para aposentadoria por definir idade para aposentadoria
  • Fixar limites para as dívidas líquida e bruta da União
  • Fixar prazo para que os bancos liberem os valores referentes aos depósitos judiciais, conforme emenda do Senado ao PLC 15/2015,que originou a Lei Complementar 151, de 5/8/15

No eixo “Proteção Social”:

  • Regulamentar o Artigo 23 da CF: definir as responsabilidades e o papel supletivo e redistributivo da União, dos Estados e Minicípios; criar o sucessor do FUNDES; criar o Sistema Nacional de EducaçãoSNE
  • Implementar o Plano Nacional de Educação nos 3 entes federativos; aperfeiçoar o financiamento a padrões de qualidade; equilibrar programas universais com a necessidade de focalização (FIES, PRONATEC), e adequar sistemas subnacionais ao SNE
  • Regulamentar o ressarcimento pelos associados de planos de saúde,dos procedimentos e atendimentos realizados pelo SUS
  • Tratamento prioritário da questão da segurança pública e do sistema prisional
  • Ajustes nos programas de financiamento público do acesso à educação assegurando sua sustentabilidade

O QUE FOI RETIRADO

Sobre o SUS:

  • Avaliar possibilidade de cobrança diferenciada de procedimentos do SUS por faixa de renda. Considerar as faixas de renda do IRPF

Quarto eixo adicionado “Reforma administrativa e do Estado”

  • Redução de Ministérios e estatais, com redução de cargos comissionados e estruturas administrativas obsoletas
  • Reforma das Agências Reguladoras com foco na independência e efetiva capacidade de regular adequadamente áreas estratégicas como infraestrutura, logística, energia e comunicações
  • Regulamentação do Conselho de Gestão Fiscal, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal
  • Implantação do modelo de administração pública gerencial, com metas e indicadores de resultado. Favorecer a formação dos gestores públicos alinhados com um padrão mais eficiente de gestão
  • Revisão do marco regulatório e do modelo de administração dos Fundos de Pensão, como forma de preservação da poupança interna do País
  • Priorizar um amplo processo de simplificação da relação do Estado com o cidadão e os empresários, com base no Super Simples, desburocratizando procedimentos redundantes e melhorando o ambiente de negócios, conforme elenco de sugestões da Agenda Brasil

(Folha)

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