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Mundo Argentinos agora só podem comprar, no máximo, 200 dólares por mês

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O Banco Central da Argentina determinou o limite de compra de dólares. (Foto: Marcos Santos/USP Imagem)

O Banco Central da Argentina afirmou na madrugada desta segunda-feira (28) que determinou um limite de compra de US$ 200 por mês através de contas bancárias e de US$ 100 por mês para a aquisição em dinheiro, em uma tentativa de evitar que suas reservas internacionais continuem caindo. As informações são do portal de notícias G1.

Após a derrota sofrida no domingo pelo presidente Mauricio Macri nas eleições em que buscava a reeleição, o banco central ajustou de forma dramática os controles cambiais, até dezembro, ante o limite anterior de US$ 10 mil por mês que vigorava até então para lidar com a crise financeira.

Ao assumir, em dezembro de 2015, Macri eliminou o controle de câmbio decidido por sua antecessora, Cristina Kirchner.

“Diante do grau de incerteza atual, a diretoria do banco central decidiu tomar neste domingo uma série de medidas que buscam preservar as reservas do banco central”, disse a autoridade monetária em comunicado.

A medida foi apresentada horas depois de divulgado o triunfo do peronista Alberto Fernández, da oposição, nas eleições presidenciais de domingo.

O presidente do Banco Central, Guido Sandleris, afirmou que as medidas “se concentram exclusivamente na compra de dólares e especulação financeira e não afetam o acesso ao mercado de câmbio para comércio exterior ou o pagamento de dívidas”, informa a agência France Presse.

“Sei que essa medida, embora transitória, é rígida e afeta muitas pessoas. Seu objetivo é preservar reservas durante esse período de transição até que o novo governo defina sua política econômica e a incerteza se dissipe”, acrescentou.

Incertezas para a economia argentina

Os bônus argentinos em dólar recuavam nesta segunda-feira, à medida que os investidores se preocupavam com as consequências da vitória de Fernández na economia. O título internacional em dólar de referência, com prazo em 2028, caía até 1,3 centavo para 39,33 centavos de dólar, seu nível mais baixo desde o início do mês, segundo dados da Refinitiv citados pela Reuters.

“A Argentina está caminhando para um ‘default’ e agora haverá negociações complicadas com o FMI, que corre um risco enorme no jogo e está desesperado para proteger seus recursos, e com os detentores de títulos”, disse à Reuters Gabriel Sterne, chefe de macro-pesquisa global da Oxford Economics.

Fernández e Macri devem se reunir nesta segunda-feira para discutir a transição política, uma medida que pode ajudar a acalmar os mercados.

A incerteza política havia começado após as primárias de agosto, quando uma arrasadora vitória de Fernández gerou forte queda do peso, o que forçou o governo a limitar o acesso a dólares. Apesar dos controles, na última semana a autoridade monetária teve que liberar US$ 1,6 bilhão e suas reservas para conter a queda do peso.

O BC local já vendeu US$ 21 bilhões de suas reservas desde as eleições primárias, em agosto, quando Macri foi atingido pelo peronista Alberto Fernandez. As reservas estavam em US$ 45,26 bilhões na sexta-feira.

O país tem um contrato de empréstimo de US$ 57 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que afirmou que irá avaliar o seu relacionamento com a Argentina assim que as políticas do próximo governo sejam anunciadas.

Peso fortalecido e alta na Bolsa

As casas de câmbio argentinas abriram nesta segunda-feira (28) com uma cotação do peso fortalecido em 3,17%, após a eleição do peronista Alberto Fernández.

A taxa de câmbio na abertura era de 63 pesos por dólar americano, mas sem operações, à espera de o Banco Central atualizar os sistemas após impor um severo controle cambial com no máximo US$ 200 para cada indivíduo.

O valor do peso nas transações com operadores financeiros permanece em 75 pesos por dólar e, naquelas com Wall Street, em 81 pesos, segundo portais de Internet especializados.

O Merval, índice da Bolsa de Buenos Aires, opera em alta nesta segunda-feira. Após a apertura, o principal índice acionário do país subia mais de 6%, a 36.709,510 pontos. O movimento contrasta com o primeiro dia de mercado depois das prévias (Paso), em agosto, quando os resultados mostraram o primeiro sinal consistente de que Fernández seria o próximo presidente da Argentina. Naquela ocasião, o Merval despencou 38% no dia pós-prévias.

Em Wall Street, hoje os ativos argentinos também se valorizavam aproximadamente 5% nesta manhã, após operarem em terreno negativo na pré-abertura. Destaque para as ações do Banco Superviele, que sobem mais de 5% na Bolsa de Nova York.

 

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