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Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2016
A arrecadação de impostos e contribuições federais do governo somou, em janeiro deste ano, 129,38 bilhões de reais, informou nesta quinta-feira (25) a Secretaria da Receita Federal. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma queda real de 6,7%. O resultado mostra que a arrecadação de impostos pelo governo federal continua se arrastando, reflexo da crise e do cenário de atividade econômica fraca.
A arrecadação de janeiro foi a pior este mês desde 2011, ou seja, em cinco anos. Em janeiro do ano passado, ela foi de 138,64 bilhões de reais e, em janeiro de 2014, de 146,67 bilhões de reais. Os números foram corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
De acordo com dados do Fisco, a arrecadação refletiu, no começo deste ano, o baixo nível de atividade econômica. Em janeiro, produção industrial recuou 11,9%, as vendas de bens e serviços caíram 10,9% e o valor em dólar das importações recuou 37,82%, ao mesmo tempo em que a massa salarial registrou queda de 0,8%. Todas as comparações foram feitas contra o primeiro mês de 2015.
Desonerações com impacto menor
O governo também informou que a a arrecadação também se ressente, no começo de 2016, das desonerações de tributos feitas nos últimos anos – parcialmente revertidas, em alguns casos, como aquela incidente sobre a folha de pagamentos. De acordo com informações da Receita Federal, as reduções de tributos realizadas nos últimos anos tiveram impacto de queda na arrecadação de 7,09 bilhões de reais em janeiro de 2016, contra 10,04 bilhões de reais no mesmo período do ano passado.
Meta fiscal
O fraco desempenho da arrecadação no começo deste ano não ajuda no cumprimento da meta fiscal – fixada em um superávit primário (economia que o governo tem que fazer para pagar os juros da dívida) de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto), o equivalente a 30,5 bilhões de reais para todo o setor público (governo, estados, municípios e estatais). A parte somente do governo é de 24 bilhões de reais, ou 0,4% do PIB, enquanto 6,5 bilhões de reais são a meta de estados e municípios (0,1% do PIB). (AG)