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Economia As autoridades suíças mandaram uma delegação ao Brasil para saber os nomes de gerentes de seus bancos que permitiram depósitos de propinas

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Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, por exemplo, fizeram a leniência e combinaram pagar cerca de R$ 8,6 bilhões para poder continuar fazendo contratos com o governo. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Uma delegação de procuradores suíços esteve no fim de outubro em Curitiba para questionar suspeitos da Operação Lava-Jato. O objetivo do grupo era colher informações sobre quem eram os gerentes e intermediários que ajudaram na abertura de contas em bancos do País nas quais dinheiro ilegal foi depositado.

A iniciativa faz parte da terceira fase da operação no contexto da Lava-Jato, conduzida pelo Ministério Público de Berna. Depois de investigar corruptos e corruptores, os procuradores agora partem para decifrar como mais de US$ 1 bilhão entraram na Suíça, em mais de mil contas atualmente congeladas.

As autoridades suíças evitaram dar detalhes do que ocorreu em Curitiba. Mas “confirmam que, no contexto do caso Petrobras-Odebrecht, uma delegação do escritório do procurador-geral da Suíça esteve no Brasil”. “Diante dos resultados obtidos e dos documentos que estão em nossa posse, o escritório do procurador-geral, no que tem sido chamado de terceira fase, examinará a questão de abrir procedimentos criminais contra intermediários financeiros na Suíça”, disse o MP da Suíça.

Os nomes dos suspeitos interrogados no Brasil não foram revelados. Mas a reportagem apurou com fontes envolvidas no processo que as questões que lhes foram apresentadas tinham relações com a operação de abertura de contas, do controle feito pelos bancos sobre a origem do dinheiro e se algum operador ou gerente teria colaborado em ocultar a rota dos recursos.

Procuradores do Ministério Público Federal explicaram que existe um entendimento entre Curitiba e Berna sobre a separação do trabalho. Em casos envolvendo cidadãos suíços e que não serão jamais extraditados ao Brasil, a preferência que se dará é de que o inquérito seja conduzido em Berna. Já para brasileiros, a responsabilidade ficaria entre Brasília e Curitiba.

Em maio, e seguindo esse princípio, o juiz federal Sérgio Moro autorizou a transferência para Berna do processo envolvendo o suíço-brasileiro Bernardo Freyburghaus. Ele é suspeito de ter sido um dos intermediários para contas envolvendo ex-diretores da Petrobras. Mas, assim que a operação eclodiu no Brasil, ele se mudou para a Suíça e, por sua nacionalidade, não poderá ser extraditado de volta ao País.

Também chamou a atenção dos investigadores a delação premiada de Fernando Miggliaccio, ex-executivo do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o departamento da propina. Preso em Genebra, ele acabou sendo transferido ao Brasil e revelou como se relacionava com intermediários e mesmo gerentes de bancos.

Uma das relações era com Heitor Duarte, um dos gerentes do banco PKB. Duarte, segundo o Estado apurou, chegou a ter um entendimento com a Odebrecht para usar o sistema confidencial de trocas de mensagens da construtora e criado para organizar o pagamento de propinas.

tags: Brasil

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