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Por Redação O Sul | 1 de junho de 2019
O rastreador de asteroides da Nasa (agência espacial norte-americana) revelou que um corpo celeste duas vezes maior do que a Grande Pirâmide de Gizé passou pelo nosso planeta na quinta-feira (30). O asteroide 2011 HP passou pelo nosso planeta a uma velocidade de 8,43 km/s.
A Nasa declarou que o asteroide passou muito próximo da Terra. O asteroide foi visto pela primeira vez em 13 de abril de 2011, e desde então, tem cruzado caminhos com o nosso planeta. Como resultado das frequentes aproximações, a Nasa o classificou como um Objeto Próximo à Terra (NEO), ou seja, um asteroide cuja sua trajetória ocasionalmente cruza a órbita do Sol na Terra, segundo o tabloide britânico The Express.
Entretanto, vale ressaltar que quando falamos astronomicamente sobre uma passagem “próxima” da Terra, isso pode significar algo muito distante em termos humanos, ou seja, milhões ou dezenas de milhões de quilômetros.
Os rastreadores da Nasa estimam que o asteroide 2011 HP meça entre 100 e 230 metros de diâmetro. Um objeto desse porte poderia ser grande o suficiente para devastar uma grande cidade. Mesmo passando perto da Terra, o asteroide manteve uma distância aproximada de 4,7 milhões de quilômetros, o que equivale a 12,26 vezes a distância da Lua.
Simulação
Uma vez ou outra surge a notícia de um asteroide que passará próximo da Terra. Mas, e se o corpo celeste representasse um perigo real, estaríamos preparados? Uma simulação da Nasa demonstrou os esforços de agências espaciais de todo o mundo para “derrotar” um asteroide que atingiria a cidade de Denver, nos Estados Unidos. O problema é que os cientistas acabaram destruindo Nova York como consequência de salvar Denver, cidade que fica a mais de 2 mil quilômetros de distância do alvo inicial.
O teste foi realizado na semana passada durante a Conferência Anual de Defesa Planetária da Nasa, que reuniu agências espaciais de todo o mundo, como a FEMA (Agência Federal de Gestão de Emergências). A simulação começou com a descoberta do fictício PDC 2019, que tinha apenas uma chance em 50 mil de atingir a Terra. O corpo celeste estava longe graças à órbita excêntrica que o estava levando, em um primeiro momento, a uma distância 18 vezes maior do que o espaço que separa a Terra da Lua. Nenhum perigo até aí.
Mas, à medida em que os anos imaginários se passavam na simulação, as chances de impacto aumentavam constantemente até o momento em que os cientistas tiveram a certeza de que o asteroide de 180 metros de largura atingiria a Terra.
A localização do impacto foi inicialmente determinada como próxima à cidade de Denver, no estado americano do Colorado. Os pesquisadores determinaram que a cidade enfrentaria condições “de sobrevivência impossível”, ressaltando que até mesmo grãos de areia explodiriam. Então, a primeira decisão dos cientistas foi atirar naves espaciais no asteroide na esperança de desviá-lo – na vida real, a Nasa está preparando uma missão de “impacto cinético”, chamada DART.