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Geral Atentado em frente a escola em Dublin choca a Irlanda

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Policiais vigiam área isolada no centro de Dublin, na Irlanda, após crianças serem esfaqueadas. (Foto: Reprodução)

Sangue e horror na Irlanda, onde um agressor solitário esfaqueou três crianças e uma mulher no coração de Dublin, em frente a uma escola primária, antes de ser ferido e contido por vários transeuntes, entre eles um entregador brasileiro.

A Garda, a polícia irlandesa, inicialmente descartou uma possível atividade terrorista; mas depois especificou que, por enquanto, não quer excluir “nenhum motivo” e não confirma nem a versão do possível surto de um desequilibrado, nem a de um ataque motivado por algum delírio pessoal.

À noite, confrontos eclodiram entre a polícia e centenas de “hooligans de extrema direita”, como foram chamados pelo chefe da polícia, com placas “Irish Lives Matter” e bandeiras irlandesas.

Vários carros, incluindo da polícia, foram incendiados, e uma loja Foot Locker na O’Connell Street foi saqueada.

As tensões aumentaram depois que, por horas, rumores circulavam nas redes sociais de que o agressor era um argelino, que havia aparecido no radar dos investigadores irlandeses no passado.

Tudo aconteceu no início da tarde, após o término das aulas, na hora da saída da escola, a Gaelscoil Choláiste Mhuire, na central Parnell Square.

De acordo com relatos de testemunhas oculares, o homem armado com uma faca, de 50 anos, atacou primeiro a mulher – uma “professora heroína” com pouco mais de 30 anos, nas descrições da mídia -, depois três crianças com cerca de seis anos.

Até ser cercado e derrubado antes mesmo da chegada dos policiais, que, em questão de minutos, o detiveram, como relatou uma testemunha ocular à emissora pública RTE, descrevendo cenas de terror em plena luz do dia.

Um entregador carioca que mora na Irlanda reagiu ao ataque a facadas. De acordo com a imprensa local, Caio Benício, de 43 anos, impediu que a tragédia fosse ainda maior.

“Eu trabalho de delivery aqui, eu estava passando em frente a uma escola quando eu vi uma briga na calçada. Eu achei, a princípio, que fosse uma briga normal com um homem e uma mulher. Depois eu fiquei sabendo que ela era professora da escola. Eles estavam brigando e puxando uma garotinha”, contou Caio.

Caio viu que aquela cena na Parnell Square, praça movimentada de uma área residencial no centro da capital irlandesa, não era uma briga comum.

“Aí eu diminuí para ver o que estava acontecendo quando o cara conseguiu agarrar a garotinha e puxou uma faca. Eu parei a moto e o vi esfaqueando a menininha no peito. Eu não tive tempo de pensar. Fui para cima, tirei o capacete, até para me proteger, e acertei com o capacete na cabeça e ele caiu”, disse o motoboy.

Uma das pequenas vítimas, uma menina, e a professora que tentou protegê-la, sofreram ferimentos considerados “graves” pelos médicos.

Os outros dois alunos também foram hospitalizados, mas em condições menos preocupantes.

Enquanto o indivíduo identificado como o agressor – sobre o qual a Garda mantém, por enquanto, o sigilo tradicional em relação às informações pessoais e origens étnicas ou religiosas, afirmando não querer alimentar “especulações” – está sob custódia no hospital: segundo o Irish Times online, ele teria se ferido.

A polícia local declarou um alerta de “incidente grave” na capital e fechou o trânsito nas ruas ao redor por horas para as investigações.

Não sem se reservar para interrogar o suspeito assim que possível, limitando-se a evocar, por enquanto, o cenário de um ato de violência isolado: com a ressalva de que, por enquanto, “não há outras pessoas procuradas”.

Na ilha, o choque é, de qualquer forma, muito forte. Enquanto as emissoras locais e as britânicas coletam nas ruas vozes de angústia e raiva, agravadas pelo fato de uma escola de infância ter sido alvo, um alvo totalmente incomum para violência desse tipo nas notícias da República da Irlanda geralmente pacífica hoje, diferentemente do que acontece em países como os EUA, do outro lado do oceano, ou mesmo na França, na Europa.

O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse estar perturbado e dirigiu seus pensamentos às vítimas e suas famílias.

Enquanto a ministra da Justiça, Helen McEntee, condenou “o terrível ataque contra três crianças inocentes e uma mulher”, garantindo que o governo seguirá de perto os desenvolvimentos investigativos, em contato constante com os comandos da polícia. As informações são da agência de notícias Ansa e do portal de notícias G1.

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https://www.osul.com.br/atentado-em-frente-a-escola-em-dublin-choca-a-irlanda/ Atentado em frente a escola em Dublin choca a Irlanda 2023-11-25
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