Segunda-feira, 09 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de março de 2023
Líderes dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália se reunirão na Califórnia na segunda-feira (13), onde devem fazer anúncios sobre submarinos nucleares e cooperação militar. Joe Biden, Rishi Sunak e Anthony Albanese se encontrarão em San Diego, onde está localizada uma das maiores bases navais dos Estados Unidos, no âmbito da aliança dos três países conhecida como Aukus. A movimentação militar chinesa deve ser o principal tema da reunião.
Após 18 meses de deliberações, a Austrália deve anunciar seu plano de adquirir oito submarinos movidos a energia nuclear, no que Albanese chama de “o maior salto” do país na área de defesa.
Por um ano e meio, os três países negociaram nos bastidores a entrega de tecnologias nucleares sensíveis à Austrália, embora o país descarte a aquisição de armas nucleares.
O contrato do submarino vale dezenas de bilhões de dólares, mas especialistas estimam que sua importância vai além dos empregos gerados e dos investimentos prometidos.
Os veículos movidos a energia nuclear são difíceis de detectar, podem viajar grandes distâncias por longos períodos de tempo e podem transportar mísseis de cruzeiro sofisticados.
Pequim expressou sua oposição ao projeto que considera “perigoso” e que visa “encurralar” a China.
A Aukus é uma aliança militar tripartite entre a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos que busca compartilhar tecnologias militares e outros avanços tecnológicos.
Embora “cada país tenha um raciocínio diferente em relação aos Aukus, o encontro vai ter a China como principal assunto”, dado “o crescimento exponencial de seu poderio militar e suas posições mais agressivas na última década”, diz Charles Edel, do Centro de Políticas Estratégicas e Estudos Internacionais em Washington.
A aliança quer reafirmar a presença dos três países na estratégica região Ásia-Pacífico, que vai da costa leste da África ao oeste dos Estados Unidos, por onde passa e cresce grande parte do comércio mundial. a influência chinesa.
Pequim, que há anos se movimenta para anexar Taiwan à força, acaba de aprovar um aumento de 7,2% em seu orçamento de Defesa para 2023, o maior desde 2019.
Primeiro-ministro da China
Considerado um dos homens de confiança mais próximos de Xi Jinping, Li Qiang foi nomeado neste sábado (11) o novo primeiro-ministro da China. Xi segue como presidente do país – na sexta-feira (10), ele foi confirmado para um terceiro mandato.
O cargo de primeiro-ministro na China é responsável por questões da administração do cotidiano do país e pelo comando da política macroeconômica. O premiê lidera ainda o Conselho de Estado do governo chinês.
Qiang era o líder do Partido Comunista em Xangai, que supervisionou os dois meses de confinamento anticovid caótico na metrópole no ano passado, sucede Li Keqiang, que estava no cargo desde 2013.
A ascensão de Li parecia estar em perigo após sua gestão do confinamento em Xangai, a cidade mais populosa e centro econômico da China, onde os moradores enfrentaram escassez de alimentos, dificuldade de atendimento médicos e um duro confinamento.
Mas o político de 63 anos recebeu quase todos os votos dos delegados reunidos na sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN), que na sexta-feira (10) reelegeu Xi Jinping por unanimidade para mais cinco anos no cargo de chefe de Estado.
Durante a votação, que registrou 2.936 votos a favor, três contrários e oito abstenções, Xi e Li demonstraram cumplicidade, com trocas de sorrisos e cortesias. A resolução de Xi que designa Li Qiang como primeiro-ministro foi lida no salão do Grande Palácio do Povo de Pequim, na manhã de sábado.
Após a nomeação oficial, Li Qiang prometeu “trabalhar duro na construção de um grande país socialista moderno”.