Segunda-feira, 14 de julho de 2025

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Saúde Avançam testes de vacinas contra Covid em crianças; Pfizer espera submeter dados à Anvisa este mês

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Cientistas compararam situação de crianças infectadas pela alfa e pela delta, e não viram a incidência de casos mais graves. (Foto: Reprodução)

Com o processo de vacinação contra Covid-19 avançando no País, um dos focos de atenção, agora, é a proteção das crianças menores de 12 anos. Afinal, quando teremos vacinas pra essa população?

Quatro farmacêuticas já estão em estágio avançado de pesquisas, entre elas, a Pfizer e a Sinovac. A Pfizer já conseguiu resultados promissores com a vacina para crianças e espera apresentar, ainda esse mês, os dados da pesquisa para a Anvisa, que também analisa a possibilidade de uso da Coronavac nos pequenos.

Além dos brinquedos espalhados pelo quarto da sua casa em São Paulo, o mundo do pequeno Miguel, de 5 anos, passou a ser habitado também por acessórios como álcool 70 e máscara de proteção. O kit de sobrevivência contra a Covid-19 é levado a sério pela mãe do menino, a analista de treinamento Jaqueline Correia. Mas, passado um ano e meio da pandemia e com a imunização em adultos avançando no Brasil, o que ela sonha mesmo, agora, é com o dia em que o filho estará vacinado.

“Eu moro com dois idosos e, mesmo as crianças tendo se adaptado com máscara e álcool em gel, até melhor que os adultos, ainda assim, quando ele vai e volta da escola, abraça, beija, ainda tem muito contato. Então, vacinando, é uma segurança não só pra ele, mas pra todo mundo que está convivendo com a gente”, afirma.

Mas, afinal, com o avanço da imunização, o que essas mães e pais podem esperar da vacinação nas crianças no Brasil? Um fato está colocado: a corrida nos laboratórios dos grandes fabricantes já começou. Quatro farmacêuticas fazem pesquisas e testes nesse público.

Esperança

A farmacêutica Pfizer saiu na frente e já divulgou uma pesquisa atestando a eficácia e a segurança da vacina nas crianças. O estudo é feito nos Estados Unidos, e a expectativa é que, se houver sinal verde lá, os dados da vacina sejam apresentados às agências reguladoras de outros países, incluindo o Brasil, até meados desse mês. É o que explica Julia Spinardi, líder médica da área de vacinas da Pfizer no Brasil.

“A gente espera que, assim que os dados estejam disponíveis pra avaliação das agências regulatórias, e sejam submetidos ao FDA ou à agência europeia, a gente possa submeter o mais breve possível pra análise da Anvisa. Esperamos poder avaliar ainda a segurança desta vacina em um grupo de crianças ainda mais jovens, de 6 meses aos menores de 5 anos de idade”, avalia.

Além da Pfizer, outros laboratórios estão em fase avançada de pesquisa da vacina em crianças. A Moderna realiza testes clínicos nos Estados Unidos e no Canadá entre pequenos voluntários. A Janssen faz testes na Espanha e também negocia com a agência de saúde americana pra realizar pesquisas mais amplas em crianças.

Já o laboratório chinês Sinovac apresentou resultados de testes na China. Com isso, o Butantan, que é parceiro da fabricante no Brasil com a CoronaVac, entrou com pedido na Anvisa pra ampliação da bula do imunizante pra crianças entre 3 e 17 anos. O pedido foi negado, mas as negociações seguem. O gerente geral de medicamentos da Anvisa Gustavo Mendes explica como está o processo.

“Os estudos apresentados que embasavam as alegações de segurança e eficácia foram exploratórios, que têm caráter investigativo, preliminar, numa população reduzida. Por isso, não se tem a significância necessária pra se concluir que realmente a vacina não tem risco e vai funcionar”, analisa.

Mas ele destaca que a Anvisa já conversa com os desenvolvedores e que a garantia da agência é de celeridade nas avaliações.

“Temos acompanhado de perto as publicações que têm saído e as informações que têm sido geradas. Não é possível se comprometer com prazos que não são das agências reguladoras, mas, assim que esses pedidos que contenham os dados necessários pra decisão regulatória, estejam conosco, estaremos dispostos a empenhar todos os esforços pra uma análise rápida”, conclui.

Óbitos

Os números reforçam a importância de se seguir o ciclo vacinal entre as crianças. O pediatra e infectologista Renato Kfouri lembra que houve mais de duas mil mortes entre crianças e adolescentes por Covid no país e faz um paralelo entre os óbitos pelo vírus e aqueles por doenças comuns do universo infantil.

“Embora elas sejam menos afetadas, o número de casos, hospitalização e mortes entre crianças, ainda assim, é grande. Desde o começo da pandemia, foram mais de duas mil mortes em crianças e adolescentes menores de 20 anos de idade. Se somarmos as mortes por gripe, febre amarela, sarampo, coqueluche, todas aquelas que nós vacinamos as crianças, não chegam a duas mil mortes. Só a Covid 19 matou mais crianças do que todas as outras doenças preveníveis por vacinação”, lamenta.

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https://www.osul.com.br/avancam-testes-de-vacinas-contra-covid-em-criancas-pfizer-espera-submeter-dados-a-anvisa-este-mes/ Avançam testes de vacinas contra Covid em crianças; Pfizer espera submeter dados à Anvisa este mês 2021-10-02
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